
Em cerca de metade das escolas públicas de Caxias, a volta às aulas será com pouco conforto. Estudantes encontrarão problemas como goteiras, infiltrações, assoalhos e forros cedendo. Foi o que constatou pesquisa realizada pelo Pioneiro em instituições municipais e estaduais, entre terça e sexta-feira. De 120 escolas pesquisadas, 62 apresentaram algum problema.
Durante as férias, grande parte das escolas fez mutirões envolvendo professores, pais e até alunos. Foi assim que dezenas de colégios foram pintados e receberam reparos, como remendos no telhado.
Na escola Escola Estadual Silvio Dal Zotto, por exemplo, a merendeira Raquel da Silva, 51 anos, troca fechaduras e lâmpadas, pinta paredes, instala quadros, tudo para evitar gastos com mão de obra. Ela é presidente do Conselho de Pais e Mestres.
Algumas escolas em distritos e bairros afastados do centro sofrem com o abandono. Exemplo é a escola municipal Aristides Rech, onde dois botijões de gás em uso ficam dentro do banheiro dos meninos. O problema persiste há 10 anos.
Na escola estadual Renato João Cesa, em Vila Cristina, quase toda a estrutura é de madeira e sofre com podridão. Em uma das cinco salas de aula, o assoalho cede ao pisar. Uma das salas é tão apertada que não comporta mais de 10 classes. Em outra, sequer há semelhança com ambiente escolar: na falta de depósito, cadeiras e mesas velhas são empilhados no canto.
O prédio tem mais de 50 anos e não comporta mais reformas, lamenta a diretora, Rosiane Anita Goldbeck. Como não há refeitório, as crianças levam os pratos para as salas e frequentemente os derrubam no trajeto.
Leia a matéria completa no Pioneiro desta segunda-feira.