Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) reafirmou o que os usuários das rodovias gaúchas sabiam na prática: as estradas estão piores a cada ano. O 16º estudo de estradas feito pela CNT foi elaborado entre 25 de junho e 31 de julho deste ano, em todo o país. O resultado mostra que 58,7% dos 8.150 quilômetros de vias federais e estaduais do Rio Grande do Sul estão em bom ou ótimo estado. Em 2011, este índice era de 62%.
Os pesquisadores avaliaram aspectos do pavimento, da sinalização e da geometria. Na Serra, foram percorridas 11 estradas. A que recebeu pior avaliação foi a RS-122, com o estado geral considerado péssimo no trecho de 42 quilômetros sob responsabilidade da gestão pública. Ainda na região, duas foram classificadas como ruins: a RS-324, que inicia em Nova Prata, e a RST-470, que passa por Bento Gonçalves, ambas de gestão pública. As demais tiveram resultados entre regular e bom.
Em todo o Brasil, foram avaliados 95.707 quilômetros. Desse total, 62,7% apresentam alguma deficiência. Os pesquisadores constataram 221 pontos críticos, devido à erosão na pista, queda de barreira, ponte caída ou buraco grande. Em 2011, foram identificados 219.
As informações da pesquisa auxiliarão no planejamento de transportadores, na formulação de planos de manutenção de rodovias e na elaboração de políticas públicas para o setor de transporte. A CNT estima que a necessidade de investimento para a modernização da infraestrutura rodoviária no Brasil seja de cerca de R$ 170 bilhões, a serem aplicados na construção de novas rodovias e em obras de duplicação, pavimentação, recuperação, entre outras intervenções.
Malha rodoviária
Pesquisa avalia precariedade das rodovias da Serra
Técnicos percorreram 8.150 quilômetros de vias federais e estaduais do Rio Grande do Sul
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