Hospital Pompéia garante atendimento emergencial na área de ortopedia e traumatologia até o fim de semana, em Caxias do Sul

A direção do Hospital Pompéia garante o atendimento para pacientes emergenciais do setor de de traumatologia e ortopedia em Caxias do Sul até o próximo domingo. Na última segunda-feira, sete médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) deixaram o trabalho por divergência salarial, segundo a instituição.

O grupo não tem previsão de retorno. O Sindicato dos Médicos afirma que o movimento se trata de uma greve. Conforme superintendente-geral do Pompéia, Francisco Ferrer, os profissionais exigem aumento no repasse de recursos.

Atualmente, oito especialistas ficam de sobreaviso para casos de ortopedia e traumatologia e ganham R$ 28 mil para dividir entre todos, segundo Ferrer. Apenas um profissional do grupo continua trabalhando no plantão.

O desacordo começou a partir de uma nova portaria do Governo do Estado, que ampliou o repasse em R$ 40 mil, desde que o médico pemaneça 24 horas dentro do hospital. Entretanto, para ter direito ao recurso, o hospital é obrigado a garantir vagas para os pacientes do SUS.

- Essa é uma exigência para se ter o plantão presencial. Mas não podemos garantir vaga sempre e sim prestar atendimento emergencial. É um compromisso que não podemos assumir. Estamos discutindo como reverter o plantão presencial. Por esse motivo, o Estado não repassa os recursos e não temos como pagar - diz Ferrer.

O presidente do Sindicato dos Médicos, Marlonei Santos, garante que o hospital foi informado sobre a paralisação há cerca de 30 dias. Segundo ele, os profissionais recebem baixa remuneração. Os recursos para o plantão são custeados pela prefeitura, Estado e Pompéia. Ferrer diz que o atendimento está sendo mantido por seis especialistas do corpo clínico:

- Não tratamos o caso como greve e sim como abandono de trabalho. Não posso garantir o que vai acontecer na segunda-feira. Mas é possível que a solução ocorra nos próximos dias se o Estado reverter a portaria.

Em média, o Pompéia atende de 25 a 30 pessoas por dia na área de ortopedia e traumatologia. Desses, três ou quatro pacientes são considerados graves, ou seja, com risco de morte.