Brigas promovidas por bondes preocupam a polícia e moradores de Caxias do Sul

Um grupo com cerca de 50 jovens protagonizou uma verdadeira cena de guerra por volta das 15h de domingo, nas escadarias da Catedral Santa Teresa, no Centro de Caxias do Sul. Populares que passavam pela praça narram a divisão do grupo em frente ao templo religioso e, depois de uma ordem de comando, o início das sequências de socos e chutes que se encerraram minutos depois com a dispersão do grupo.

A Brigada Militar (BM) foi chamada e localizou alguns integrantes do grupo no Parque dos Macaquinhos. A identificação foi possível pois alguns vestiam camisetas com os dizeres: "mais qui um bond, uma família". Formados em bairros da cidade, os chamados bondes têm como diversão a depredação do patrimônio público e privado, além de brigar contra rivais.

Quatro horas depois da abordagem da BM no Centro, a farra de um grupo conhecido no bairro São Victor Cohab resultou na morte de um integrante. Robson Marques de Souza, 26 anos, foi assassinado quando estaria apedrejando a casa de um guarda municipal na Rua Djorno Frassini. O servidor reagiu, atirando em Souza e em um adolescente de 14 anos, que estariam acompanhados de cerca de 20 jovens.

O grande número de chamados para a Brigada Militar (BM) nos finais de semana em que há passe livre nos ônibus do transporte público deixa evidente a ação de bondes na área central e exige estratégia da polícia. Há pelo menos dois anos, os grupos que marcam encontros e lutas pela internet são monitorados pela BM e, de acordo com o subcomandante do 12º Batalhão de Polícia Militar, capitão Giovani Gomes, a facilidade no transporte até a área central no último domingo do mês seria o principal fator que viabiliza as depredações e pancadarias.