Desembargadores da 8ª Câmara Criminal do Tribubnal do Justiça mantiveram a sentença da Justiça de Caxias do Sul que absolveu o traumatologista Paulo do Santos Dutra, 52 anos. O Ministério Público havia recorrido da decisão.
Dutra foi acusado de ter molestado uma paciente durante uma consulta médica em fevereiro de 2010. Segundo a denúncia do MP, Dutra teria, supostamente, introduzido as mãos na calça de uma paciente, apalpado o osso de seu quadril, com a alegação de investigar a origem de uma dor na coluna. A vítima também disse que o médico apalpou seus seios.
No mesmo dia, uma irmã da paciente, sofrendo de um problema semelhante, também passou por uma consulta com Dutra. Segundo a denúncia do MP, o traumatologista teria apalpado suas partes íntimas.
Entretanto, para o desembargador Dálvio Leite Dias Teixeira, a prova testemunhal das supostas vítimas era frágil para sustentar uma condenação. Isso porque elas não teriam sustentado com segurança o caráter libidinoso dos atos praticados por Dutra.
Também pesou na decisão o depoimento de um colega de profissão de Dutra, arrolado por ele como testemunha. O médico disse ser normal os procedimentos adotados pelo especialista em coluna durante os exames nas irmãs.
Dutra tem condenações por ter molestado uma adolescente e uma agricultora. Em 2010, ele passou 60 dias preso preventivamente. O médico está recorrendo das decisões.
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