
Manifestantes e policiais entraram em confronto hoje, ao fim de um fim de semana de protestos nas ruas de Chicago contra a reunião de cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Líderes de cerca de 50 países analisam o cronograma de saída das tropas internacionais do Afeganistão.
Manifestantes foram presos e feridos na tentativa das autoridades para dispersar a multidão que marchava no local próximo ao evento. Pelo menos 18 pessoas estão sendo acusadas de crimes em conexão com manifestações que ocorrem desde sexta-feira e dezenas de outros ativistas foram presos nos dias anteriores, segundo o jornal The New York Times.
Entre a multidão, havia ex-militares que participaram da guerra no Afeganistão. Ele pretendiam devolver suas medalhas em uma cerimônia simbólica, ainda de acordo com o jornal americano.
A expectativa é de que a aliança militar ocidental anuncie para 2014 o fim das operações de combate no país, como fizeram os EUA. A Otan mantém 129 mil militares no Afeganistão, 90 mil americanos.
Hoje, o comandante das tropas internacionais no Afeganistão declarou que uma retirada antecipada das forças francesas não debilitará a segurança no território afegão. O general John Allen, chefe da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), explicou que a Otan espera uma decisão final do novo governo francês, e que a França terá a "oportunidade" de ajudar no esforço bélico de outras formas.
Allen garantiu que não ocorrerá uma "degradação da segurança se o presidente francês, François Hollande, seguir em frente com sua decisão de retirar todas as tropas de combate até o final deste ano.
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, já havia minimizado neste domingo o impacto da decisão da França de acelerar a retirada de suas tropas no Afeganistão, assegurando que Paris apoiará a causa da organização de outra forma.
Rasmussen revelou "não estar surpreso" com a decisão de Hollande de retirar os 3,5 mil militares franceses no território afegão até o final de 2012 e destacou que o presidente francês prometeu seguir apoiando o Afeganistão "de uma forma diferente".