
Ainda nesta semana, possivelmente até quinta-feira, a prefeitura de Caxias do Sul deverá decretar o uso racional da água, em razão da estiagem.
Isso significa que por enquanto não haverá racionamento, que é uma medida extrema, com interrupção de abastecimento.
Mas o decreto proibirá o desperdício. Quando estiver em vigor, poderá ser multado quem lavar carro e calçada, irrigar gramados, jardins e hortas com a água distribuída pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae).
Ou seja, enquanto os níveis das quatro represas que abastecem a cidade não voltarem ao normal, a água só poderá ser consumida para fins domésticos e de higiene.
O uso racional da água foi adotada em 2006, quando a cidade também sofreu com a falta de chuva.
- Essa medida (racionalização) é uma preparação, um paliativo para a gente ter uma folga no nosso sistema. Todas as projeções dos meteorologistas indicam que as chuvas regulares só virão em julho. Vamos ter que aguardar até lá. Se isso não acontecer e a situação piorar, de repente em agosto seja preciso decretar o racionamento - diz o diretor-presidente do Samae, Marcus Vinicius Caberlon.
Enquanto em Caxias o racionamento num primeiro momento foi afastado, em Vacaria ele já é realidade para os 62 mil moradores.
A medida teve início no final da tarde de domingo e, desde então, o abastecimento tem sido interrompido sempre das 18h às 10h.
Outro município da região que provavelmente adotará o racionamento de água é São Marcos.
A chefe da unidade da Corsan da cidade, Eunira Fagundes da Silva, acredita que se não houver nenhuma chuva forte logo, o município começará a limitar o abastecimento na próxima quinta-feira.