Área da extinta Rede Ferroviária Federal é repassada à prefeitura de Caxias do Sul

Não há mais impedimento para que o projeto de revitalização do entorno dos trilhos seja posto em prática em Caxias do Sul. No início do mês, o Diário Oficial da União publicou o convênio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que cede a área da extinta Rede Ferroviária Federal à prefeitura, pelos próximos 20 anos. Em troca, o município se compromete a dar uma destinação devida ao perímetro da Estação Férrea, do bairro São Pelegrino até Forqueta, com obras culturais, de lazer, e turísticas, adequação viária ao longo do trecho e preservação da malha férrea para reativação do trem. 

- Com esses projetos, queremos devolver a área para a cidade - resume o secretário do Planejamento, Paulo Dahmer.

Os planos para reaproveitar essa área foram divulgados ainda em abril do ano passado, quando houve a sentença que determinou a retirada dos Guinchos Kabika da área pertencente à extinta Rede Ferroviária Federal. Na época, a prefeitura esboçou seu desejo para os próximos 10 anos, um investimento que pode chegar a R$ 100 milhões.
Com o repasse federal cinco anos depois da solicitação, será possível dar a largada para a revitalização prevista. Os planos na área da Estação Férrea em São Pelegrino são construir parques, praças e outras áreas de lazer, reformar prédios históricos para atividades culturais, criar área de esportes e lazer nos fundos do Largo e inaugurar uma área coberta para a realização de feiras e eventos ao lado do prédio da Secretaria de Cultura.

A intenção se estende também a Forqueta. A ideia é ligar as duas antigas estações com projeto paisagístico em seu entorno e ciclovias. Uma das novidades planejadas para a área é a construção de uma avenida ao longo dos trilhos, da Perimetral Sul até Forqueta. Seria uma alternativa à RS-122. Agora, uma das primeiras obras a serem feitas será o alargamento das calçadas e criação de um estacionamento específico no Largo da Estação.

Se o objetivo do repasse da União é transformar o entorno da linha férrea em um canteiro de obras como há 100 anos, com a chegada do trem, vale ressaltar que nos trilhos ninguém vai mexer.

- Uma premissa básica que a gente sempre vai respeitar é o trem regional, para que não se tenha nenhum problema causado por essas intervenções - garante o secretário.