
O jogador mais experiente do elenco do Caxias tem nome e sobrenome: Victor Golas. Aos 34 anos, ele é um dos remanescentes da temporada 2024. O goleiro chegou ao clube para o ano passado, fez dois jogos e sofreu uma grave lesão ligamentar no joelho. Recuperado e com a titularidade retomada, ele é uma das peças importantes do time visando a Série C.
Pela frente, 19 adversários variados. Desde equipes com fortes investimentos das SAFs, até os tradicionais clubes que estão na competição pela permanência em 2024 ou rebaixamento da Série B.
— A Série C é uma mistura de clubes tradicionais, como é o caso do Caxias, com SAFs, com clubes novos que surgiram recentemente. Não tem uma fórmula mágica. Clubes com dinheiro ficam, clubes com menos investimento, como foi o Volta Redonda, sobem. Então, o dinheiro não significa subida, a tradição também. A camisa pesada não significa o sucesso. Então, é tentar encontrar o equilíbrio, e muitas vezes você precisa se reformular, como diz no futebol, precisa trocar o pneu do carro andando — disse o goleiro do Caxias sobre a Série C, antes de completar:
— Por tradição, a Série C, se você for reparar, e não só no quadrangular final, mas na competição toda, o peso da torcida é muito importante. Por isso que a gente conta com o nosso torcedor durante a Série C. Você vê clubes como o Paysandu, como o Remo, que se aproveitam muito da força da torcida para subir. Ao meu ver, a força da torcida é preponderante para conseguir o sucesso na competição.
No ano passado, o Caxias fez uma campanha ruim como visitante na Série C. Foram somente dois pontos. Na atual temporada, são seis jogos longe do Centenário, com três vitórias, um empate e duas derrotas. Aliado a isso, os números como mandante serão decisivos.
— Nós sabemos que primeiro, para subir, você precisa fazer a pontuação para não cair. E o número mágico, segundo os matemáticos, é 23 pontos. Nós temos nove jogos em casa, sete vitórias e dois empates em casa já te dá a pontuação para não cair. Se você contar com vitória todos os jogos em casa, você já vai estar brigando lá em cima. Nós sabemos que o fator casa, mesmo tendo um jogo a menos, vai ser muito importante para que a gente consiga passar para o quadrangular final — analisou Golas, em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra.
Lesão em 2024

O goleiro Victor Golas teve uma lesão ligamentar no joelho direito e também no menisco. O tempo de recuperação foi de oito meses. Com isso, ele perdeu praticamente toda a temporada 2024. Ele se lesionou na comemoração do segundo gol do Caxias, na vitória diante do Santa Cruz, por 2 a 1, no dia 11 de fevereiro, pelo Gauchão. Ele foi atendido em campo e precisou ser substituído, aos 42 minutos do primeiro tempo.
— Eu saí as vésperas de um Ca-Ju ano passado, e eu retorno num Ca-Ju. Por mais que a gente se sinta preparado, é uma lesão gravíssima, talvez uma das piores que um jogador pode ter. A minha ansiedade maior nem era pelo jogo, porque com 34 anos a gente está habituado ao dia de jogo, a rotina desses jogos grandes e a motivação. Meu medo era como o meu joelho ia reagir. No treino, às vezes, você pensa e deixa de fazer um movimento ou outro por lembrar da lesão, só que chegando no jogo não dá tempo. Fiquei feliz por ter voltado no Ca-Ju e sem dor, me sentindo super bem pra poder dar continuidade — relembrou o goleiro, que completou:
— Eu tenho por hábito agradecer a Deus nos gols. Eu levanto a mão no primeiro gol e dou um saltinho, e no segundo faço exatamente igual, só que enroscou a trava. Se você for colocar nas estatísticas quantas pessoas se lesionam assim jogando futebol, não são muitas. Então, hoje eu consigo entender os planos de Deus.