O torcedor do Caxias esperou quase nove anos para ver o clube entrar em campo novamente em uma Série C do Brasileiro. Isso aconteceu e, em 2024, o Grená voltou a participar da competição, mas não da forma que a torcida imaginava. Após sete jogos, o time de Argel venceu apenas uma partida e está na zona de rebaixamento. Com seis pontos, a equipe precisa reagir e voltar a vencer depois de quatro rodadas.
Nesta quarta-feira (26), o segundo de uma série de três desafios consecutivos longe de casa será diante do Tombense. O clube já perdeu o primeiro, frente ao Volta Redonda, por 1 a 0. O confronto com os mineiros é válido pela sexta rodada da competição nacional e havia sido adiado devido à chuva no Rio Grande do Sul no mês de maio. O jogo será às 18h, no Estádio Almeidão, em Tombos-MG.
Hora da equipe do meia-atacante Augusto Galvan enfrentar outro adversário, que entra em campo silenciosamente com a campanha ruim da equipe: o nervosismo.
— Eu acho que é uma questão de nervosismo, e pela circunstância de você querer fazer o gol. Isso é muito natural. Se as coisas estão fluindo é muito mais fácil de você finalizar do que numa situação de pressão. São circunstâncias do jogo. E no próximo pode ser que as coisas comecem a fluir e, consequentemente, o gol possa sair — avaliou Galvan, que ainda completou:
— Eu acho que a pressão é uma questão que sempre vai conviver conosco. Se nós estivéssemos na parte de cima da tabela, a pressão seria para ser primeiro, né? Então, eu acho que é pela circunstância do momento. E a questão de posição na tabela eu acho que não é tão relevante. A questão mesmo é se você pontua ou não na próxima partida.
E sobre o projeto criado, pela própria direção grená, em jogar uma Série B em 2025, Galvan é taxativo.
— Quando se trata de Caxias, a gente tem história e tem bagagem. Mas, obviamente, pela circunstância, hoje você está na parte de baixo e você tem que sobreviver. Mas nós acreditamos que a partir de dois ou três jogos que você vence, estaremos na outra parte da tabela e as expectativas serão outras — comentou o meia.
E para que o destino do clube não seja apenas o de brigar pela permanência na Série C, o jogo desta quarta-feira, bem como o do próximo domingo (30), que também será fora de casa, diante do Floresta, serão determinantes. Inclusive para a permanência da comissão técnica, comandada por Argel.
Mudanças na equipe
Três atletas estão suspensos, dois pelo terceiro cartão amarelo, os volantes Barba e Geilson, e um por ter sido expulso diante do Volta Redonda, caso do atacante Gabriel Silva. No meio-campo, Pedro Cuiabá e Emerson Martins são os mais cotados para iniciar o confronto, mas Elyeser e Emerson Souza também são opções.
Na defesa, já em melhores condições, Dirceu e Matheus Mendes disputam a titularidade com Cézar Henrique e Lucas Ryan. E no ataque, a briga por uma vaga está entre Vitor Feijão e Robinho.
— São jogos atrás de jogos, quarta e domingo. Isso é cultural e não temos o que fazer, a gente tem que se adaptar a isso. Mas eu não tenho nenhuma dúvida no grupo, não tenho dúvida de que cada um seja capaz de fazer aquilo que foi designado a fazer, porque a capacidade é muito grande do elenco — finalizou Galvan.
Já o Tombense goleou o Floresta em casa, na última rodada, por 3 a 0. O técnico Raul Cabral deve repetir a formação que entrou em campo diante dos cearenses. Com a vitória, a equipe pode terminar a rodada na zona de classificação. O clube está em nono lugar, com 14 pontos.