
O Caxias terá 90 minutos mais os acréscimos para tentar conquistar uma vantagem para o jogo de volta das oitavas de final da Série D. Diante do Ceilândia, domingo (13), às 16h, a expectativa é de mais de 10 mil vozes empurrando o Grená no Estádio Centenário. Todos caminham e cantam em uma só direção, o acesso. Porém, para chegar neste momento, o time precisará passar pelo Gato Preto do Distrito Federal. O técnico Gerson Gusmão sabe que a classificação não será decidida na partida de ida, mas pode ser encaminhada.
— O primeiro jogo dificilmente define a classificação, mas a grande maioria encaminha. São poucas as exceções que você consegue definir. Tive uma experiência de final da Série D com Operário-PR, onde vencemos o primeiro jogo por 5 a 0 fora de casa. Uma coisa completamente fora da curva, provavelmente não aconteceu e não acontecerá de novo. Então, ali sim é um resultado que definiu, mas o que acontece é de encaminhar. É isso que precisamos fazer. Sabemos que temos um adversário difícil, com uma defesa sólida. Temos que buscar vencer o jogo — afirmou o comandante do Caxias.
O treinador já antecipou que a ideia é a manutenção da estratégia que deu certo contra a Inter de Limeira. Gusmão também entende que o jogo do Centenário será diferente do confronto no Estádio Abadião, em Ceilândia. Por isso, vencer com apoio da massa Grená é determinante para chegar às quartas de final.
— O segundo jogo lá é completamente diferente, em todos os sentidos. Talvez precisamos mudar alguma coisa de estratégia também para o jogo. Provavelmente não será a mesma estratégia. Mas precisamos sim ter a cabeça no lugar, a experiência e a tranquilidade de saber onde precisamos atacar o adversário, não precisamos ter pressa — declarou Gusmão.
OLHO NO GATO
O Caxias nunca caiu nas oitavas de final da Série D. Nas últimas seis participações, a equipe foi eliminada duas vezes na segunda fase e quatro nas quartas, os jogos valendo o acesso à Série C. O comandante Grená já estudou o adversário. Gusmão projeta o Gato Preto acuado, com uma linha mais baixa, buscando um dos seus pontos fortes, a transição rápida.
— Vamos enfrentar uma equipe com uma linha mais baixa, uma transição veloz e não podemos querer ter pressa no jogo. Temos que fazer um jogo de imposição, buscando o resultado positivo, mas seguro sem a bola. Eles também têm como ponto forte a bola parada — contou Gusmão, que completa:
— O que nós sabemos e estudamos é de um grande adversário pela frente. Precisamos ser muito fortes em casa para poder buscar o resultado. Eles se fecham muito bem, dois volantes que protegem a frente da bola, laterais que não se expõem muito, mas tem três jogadores de frente com mobilidade e são muito acionados. Isso é uma preocupação.