O Juventude contratou seis reforços para a sequência da Série B e projeta a contratação de pelo menos mais um jogador até o fechamento da janela de transferências no dia 2 de agosto. Um atacante de velocidade está nos planos do diretor-executivo Júlio Rondinelli. Mas com a chegada de novos jogadores, surge a dúvida se outros atletas podem sair, uma vez que o elenco foi encorpado e a briga por espaço aumentou.
— Se o atleta não tiver realmente comprometido, e os que não estavam já não fazem parte do dia a dia do clube, asa saídas podem acontecer por mérito. E daí não é você pagar pelo erro. É receber pelo acerto. Produziu, acontece a negociação no final do ano que eu acho que é o momento ideal pra saída de qualquer um dos atletas — afirmou Rondinelli.
Recentemente, o Juventude recebeu propostas por dois dos destaques das categorias de base. Com apenas 18 anos, o volante Gehring e o atacante Ruan, que fizeram parte do grupo campeão gaúcho sub-17 em 2022, despertaram o interesse do mercado do Exterior. Mas a direção do Juventude decidiu manter os dois por mais tempo, por acreditar na valorização maior dos dois jovens a partir de um bom desempenho na Série B e até mesmo na próxima temporada.
Ruan está no banco de reservas, mas entrou em 16 partidas da Série B. O "xodozinho" da torcida marcou um gol e deu uma assistência. Já Gehring atuou em 12 jogos na competição nacional.
Além dos dois jovens, o atleta alviverde mais procurado por outros clubes no mercado, segundo os dirigentes do clube, é o atacante Daniel Cruz, que não é titular. Um clube da Série B (Sampaio Corrêa) e dois de Série C (CSA e Ypiranga) demonstraram a intenção de contar com o atleta, mas o negócio não evoluiu.
Além de Daniel Cruz, o Juventude sabe que alguns atletas podem ser cobiçados, mas acredita no interesse em comum em conquistar o acesso pelo clube para valorizar o seu passe na próxima temporada.
— Nós recebemos algumas sondagens em relação aos jogadores que estão crescendo e que chamam realmente a atenção. E o Juventude entende que antes de contratar, e nós trouxemos seis atletas, precisávamos manter todo mundo aqui. Nós vencemos o Criciúma lá em Santa Catarina e eu flagrei dois atletas conversando: “Ninguém vai sair! Nós vamos até o final!”. Eles se abraçaram, num momento muito contagiante. O dinheiro é importante. Mas o atleta sabe que o acesso pode valorizá-lo muito mais — concluiu Rondinelli.