Quem imaginava que a última semana da primeira fase da Série D poderia ser tranquila para o Caxias, se enganou redondamente. Além da goleada inédita sofrida para o Concórdia, o time grená ainda não confirmou matematicamente a sua classificação para os mata-matas da Quarta Divisão nacional e terá que buscar contra o São Joseense, sábado (22), às 18h, no Estádio Centenário. O clima de incerteza tomou conta do torcedor, que está machucado pelos insucessos de temporadas anteriores.
Diante deste cenário de dificuldades, o presidente Mario Werlang conduziu a situação com cobranças ao elenco e à comissão técnica. Depois dos 4 a 0 sofridos em Santa Catarina, na reapresentação nesta semana, o mandatário grená conversou com os profissionais no vestiário.
— A semana começou com muita cobrança sobre a comissão técnica e, principalmente, os jogadores. Agora, no decorrer da semana, um trabalho muito forte. Nós temos que reverter essa situação. Realmente, foi um ponto fora da curva que temos que esquecer, mas conscientes que temos que mudar essa realidade e que não pode acontecer novamente — disse o presidente ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra.
A derrota para o Concórdia entrou para a história do Caxias. Já que o clube nunca tinha tomado 4 a 0 na Série D e foi o primeiro revés por esse placar desde 2014 por todas as competições. O diagnóstico da direção para esse tropeço constrangedor foi a falta de foco e excesso de confiança, algo que não pode acontecer nos mata-matas.
— Eu acho que foi um excesso de confiança do grupo. Cobramos foco. Os jogos em casa foram bons, mas fora de casa não temos feito boas apresentações e isso vem desde o Gauchão. Eu acho que faltou foco e, talvez, teve um excesso de confiança e tentamos corrigir isso nesta semana no vestiário. Pegamos forte em cima desta situação — comentou o presidente, que completou:
— Foi uma cobrança forte. Não tinha outro jeito de ser. Uma cobrança muito forte. O Caxias dá as condições para os atletas, dá os melhores hotéis, estrutura boa no dia a dia, então tem que ter desempenho. Nós precisamos de desempenho. Está tudo em dia e a direção tem feito sua parte. Então, a direção tem todo o direito de cobrar. Eu acredito que os resultados virão, porque confio neles.
PACTO PELO ACESSO
Além da conversa e da cobrança ao elenco, o presidente Mario Werlang revelou um pacto dos jogadores pelo tão sonhado acesso à Série C.
— O Caxias tem elenco para jogar mais. Tenho plena confiança no grupo. Os jogadores fizeram um pacto pelo acesso e vamos em frente. Nós tivemos uma cobrança muito franca da direção, comissão e jogadores e todo mundo está focado no acesso. Esse é o nosso pacto. Acredito muito no acesso. Com um pouco de cada um, vamos chegar no nosso objetivo —revelou, Werlang que finalizou:
— Quando você abre o coração e cobra de maneira correta, sem ofensas, é bem interpretado. Eu como presidente, se alguém não quiser jogar no Caxias, no dia seguinte eu afasto. Não é o caso agora, porque todos estão empenhados e querem jogar no Caxias. Então, é página virada. Essa goleada ficará na história, mas no momento está superado e o grupo dará uma resposta, porque é um grupo bom com atletas experientes.