Uma nova fase do Caxias está próxima de iniciar. Agora, sob o comando do técnico Tcheco, o time grená começará a tão esperada disputa pela Série D do Campeonato Brasileiro com o repetido objetivo do acesso. E para essa caminhada que está próximo do pontapé inicial, o clube foi buscar um velho conhecido do torcedor. O volante Elyeser, 32 anos, retorna ao clube para viver momentos vitoriosos como na sua primeira passagem.
Em 2017, Elyeser fez parte do elenco que chegou às semifinais do Campeonato Gaúcho e que se sagrou Campeão do Interior daquele ano, depois de bela campanha que teve as marcantes três vitórias em clássicos Ca-Ju. Naquele ano, o jogador não permaneceu no clube, porque o Caxias não tinha vaga na Série D e não jogou o segundo semestre. Seis anos depois, ele retorna para fazer parte, quem sabe, de uma nova história vitoriosa, e no tão sonhado acesso.
— Primeiramente, sou grato e feliz por estar de voltar. Agradecer o carinho do torcedor, desde e a minha saída demonstrou carinho. Estou de volta muito pelo fato da torcida pedir. Me sinto em casa. Em outros anos, quase retornei, mas tinha contrato. Agora, deu certo e retornei. Espero corresponder as expectativas — comentou Elyeser na sua apresentação oficial, que completou:
— Eu me surpreendi com a estrutura. Eu esperava ter um cenário do passado. Me surpreendi com a academia, centro de treinamento. O estádio está em perfeitas condições. Está todo mundo cuidando e o vestiário está ótimo.
A fase do Caxias pode ser considerada nova. A caminhada pela Série D, nem tanto. Já são oito anos na Quarta Divisão nacional. Por isso, chegou a hora de sair dessa situação e começar uma retomada. A direção grená manteve boa parte do elenco vice-campeão gaúcho e contratou sete novas peças para o time. Chegaram o goleiro Pedro Paulo, o zagueiro Erik Henrique, os meias Fabricio Oya e Augusto Galvan, os atacantes Joãozinho e Marcelinho, além do volante Elyeser.
O velho conhecido do torcedor grená reforça o meio-campo, que foi desfalcado com a saída do volante Vini Guedes para o América-RN. Com isso, o Caxias estava no mercado em busca de uma peça de reposição para Série D do Brasileirão. Além dele, o time do técnico Tcheco tem a seguintes opções: Moacir, Marlon, Pedro Cuiabá e Marciel.
— Eu vejo um time com identidade. Perdeu algumas peças para grandes clubes. A mentalidade do clube é excelente em manter a identidade do Thiago Carvalho que é parecida com o Tcheco. Os dois gostam de jogar e por isso também eu vim. Lembra muito o time de 2017, um time competitivo e que ataca bastante. A minha identidade vai se encaixar com aquilo que o Tcheco quer — afirmou Elyeser.
Em 2017, Elyeser defendeu o Caxias em 14 jogos e marcou dois gols. No segundo semestre, o clube não teve calendário. Depois de se destacar no time grená, o volante deixou o Caxias e foi para o Goiás e lá permaneceu por três temporadas.
Na sequência, o meio-campista foi para o Coritiba por empréstimo, depois o Figueirense-SC, Paysandu-PA e Santa Cruz-PE contrataram o atleta. Na equipe pernambucana, Elyeser participou de 17 partidas na Série D do ano passado. O time acabou eliminado pelo Tocantinópolis-TO nas oitavas de final.
Agora, sou um cara mais experiente. Fui para grandes clubes onde amadureci.
O meio-campista já trabalhou com o atual executivo de futebol, Marcelo Segurado, no Santa Cruz. No início deste ano, Elyeser chegou a ser especulado no Caxias, mas o negócio não evoluiu. Depois, o volante acertou com o Anápolis-GO.
— Agora, sou um cara mais experiente. Fui para grandes clubes onde amadureci. Tive frustrações que me deram lastro para eu fazer a diferença dentro de campo. Quem me conhece a fundo sabe a gratidão que tenho pelo Caxias, porque me lançou para o cenário nacional. Espero chegar aqui e transformar a expectativa em realidade — avaliou.
CARACTERÍSTICAS
Elyeser sempre se mostrou ser um volante com características ofensivas. No retorno ao Caxias, isso deve se confirmar novamente.
— Sempre fui construtor e cheguei ao ataque. Isso vai muito do treinador. Com alguns treinadores eu não podia passar do meio. Com outros, eu tinha que construir e atacar. Aquilo que o Tcheco definir, eu vou respeitar. Precisamos andar em unidade com o mesmo propósito — lembrou o jogador, que finalizou sobre a situação física.
— Eu estava treinando com um profissional de alta performance. Não vou sentir tanto os primeiros dias. Claro, que quando se chega ao clube, se respeita uma hierarquia de alguns dias de preparação e estou respeitando. Se quiserem me levar para o primeiro jogo, estou à disposição, se não para o segundo jogo estou disponível.