A manipulação de resultados em cinco jogos da Série A de 2022 está sendo investigada pela Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, que identificou nesta terça-feira (18) alguns suspeitos.
Um dos quatro atletas investigados atuou pelo Juventude em 2022 e atualmente está no Ypiranga para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro.
Em nota, o Juventude diz ser "contrário a toda e qualquer manipulação de resultados no esporte e que não é aceitável que profissionais ligados ao futebol estejam minimamente envolvidos com práticas antidesportivas, antiéticas e imorais." O clube vai colaborar com as autoridades responsáveis pela investigação, mas no momento não irá se manifestar publicamente de outra forma sobre o assunto.
O Ypiranga também divulgou nota ressaltando que o atleta citado pela investigação "não participou de nenhuma partida pelo clube e que nada tem de responsabilidade na presente ação."
O Ministério Público de Goiás vai se pronunciar em coletiva de imprensa durante a tarde desta terça-feira.
Relembre o caso
O Ministério Público de Goiás deflagrou, no começo de fevereiro, uma operação chamada "Penalidade Máxima", para investigar um grupo especializado em fraudar resultados de jogos. Segundo a investigação, algumas partidas da Série B do Brasileirão do ano passado estariam envolvidas no esquema. Além disso, o fato teria a participação de jogadores de futebol profissionais.
Conforme o MP-GO, o esquema teria impactado em pelo menos três confrontos da Segunda Divisão da temporada passada e teria envolvido um montante de mais de R$ 600 mil.
Conforme a investigação, o grupo convencia atletas a manipular resultados nas partidas por meio de ações indiretas, como fazer pênalti no primeiro tempo dos jogos. O pagamento era feito com parte dos prêmios de apostas feitas.
Confira a nota completa do Juventude
"O Esporte Clube Juventude vem a público manifestar seu posicionamento de absoluta contrariedade a toda e qualquer manipulação de resultados no esporte. Não é aceitável que profissionais ligados ao futebol estejam minimamente envolvidos com práticas antidesportivas, antiéticas e imorais.
Dito isto, em relação à operação “Penalidade Máxima”, o Esporte Clube Juventude reforça seu posicionamento de inteiro compromisso em colaborar com as autoridades responsáveis pela investigação, uma vez que o nome de um atleta vinculado ao clube foi citado.
Esperamos que o Ministério Público e o Poder Judiciário, respeitado o devido processo legal, sejam rígidos na apuração dos fatos e que eventuais responsáveis sejam devidamente penalizados."