Contratado pelo Juventude há duas semanas, o goleiro Douglas Friedrich foi apresentado oficialmente em entrevista coletiva e deixou clara a sua emoção em retornar a Caxias do Sul após sete anos. A lembrança mais marcante para o jogador de 32 anos é o nascimento do filho, que ocorreu quando ele atuava no Caxias, em 2014.
— Caxias do Sul marcou minha vida, pois eu tinha um grande sonho de ser pai e há quase sete anos eu pude realizar, então a volta é marcante. Está sendo uma adaptação muito rápida, por ser do Sul e ter morado aqui. Fico muito feliz de ver o Juventude novamente na Primeira Divisão. É a situação do atleta, do gaúcho, de alguém que já passou por Caxias e pelo que o clube está me proporcionando para a continuidade da temporada — disse Douglas, destacando que o Verdão será uma continuidade na sua carreira, e não um recomeço:
— Tive grandes temporadas nos lugares que passei, com a certeza de que em todo lugar você aprende e cresce. Não vejo como uma retomada, mas sim a continuidade da minha vida, como um todo. Foi importante a decisão de todos para estar aqui e conseguir os objetivos profissionais e individuais.
O goleiro chega a um Juventude que conta desde 2019 com Marcelo Carné como titular absoluto, um dos principais nomes nos recentes acessos, e ídolo da torcida. Entretanto, Douglas afirma que vai buscar o seu espaço e que isso pode elevar o nível do clube.
— O Marcelo tem uma história muito bonita no clube, eu respeito muito isso. Será uma disputa leal, com os dois evoluindo e buscando o melhor para o Juventude. A escolha vai ser do treinador e quem ganha é o grupo. Quanto mais competitividade interna, maior o nível de atuação e mais chances de vitória.
Dos três goleiros disponíveis no elenco principal do Juventude, há uma curiosidade: nenhum deles utiliza a camisa 1. Depois de dois anos e meio utilizando este número, Marcelo Carné optou pela camisa 22, número que utilizava nas categorias de base. William, o reserva, escolheu a 21. Com a chegada de Douglas, se esperava que ele fosse escolher o número 1, porém isso não ocorreu. A decisão de ser o número 32 tem a ver com um momento particular.
— A 32 é minha idade e nunca vesti essa camisa. Tomei essa decisão para lembrar desse momento especial de mudança na minha vida, para deixar marcado na minha carreira. E isso será lembrado para sempre — disse Douglas Friedrich.