O governador Eduardo Leite apresentou, na tarde desta quinta-feira (30), uma formatação prévia (inicial) do modelo de distanciamento controlado que entrará em vigor no Rio Grande do Sul ao longo do mês de maio. Antes disso, o Comitê de Dados e de Saúde, vinculado ao Gabinete de Crise do Estado, ainda receberá sugestões ao modelo até 2 de maio (neste sábado) e fará eventuais atualizações na estratégia.
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Segmentação regional: o Estado é dividido em 30 Regionais de Saúde. Para o acompanhamento dos indicadores, o governo uniu algumas delas, a partir de critérios como os hospitais de referência para leitos de UTI, e optou por utilizar 20 regiões no modelo de distanciamento controlado.
A região de Caxias do Sul para fins do gerenciamento do distanciamento controlado agrupa 49 municípios de quatro regionais de saúde. Confira todos eles: Alto Feliz / Antônio Prado / Bento Gonçalves / Boa Vista do Sul / Bom Jesus / Bom Princípio / Campestre da Serra / Canela / Carlos Barbosa / Caxias do Sul / Coronel Pilar / Cotiporã / Esmeralda / Fagundes Varela / Farroupilha / Feliz / Flores da Cunha / Garibaldi / Gramado / Guabiju / Guaporé / Ipê / Jaquirana / Linha Nova / Monte Alegre dos Campos / Monte Belo do Sul / Muitos Capões / Nova Araçá / Nova Bassano / Nova Pádua / Nova Petrópolis / Nova Prata / Nova Roma do Sul / Paraí / Picada Café / Pinhal da Serra / Pinto Bandeira / Protásio Alves / Santa Tereza / São Jorge / São José dos Ausentes / São Marcos / São Vendelino / União da Serra / Vacaria / Vale Real / Veranópolis / Vila Flores e Vista Alegre do Prata.
Segmentação setorial: setores como educação, comércio, serviços, indústria, transportes e agricultura, entre outros, terão restrições proporcionais ao nível de segurança do contágio da covid-19 e ao respectivo impacto econômico. A proposta prevê 12 grupos setoriais e protocolos para 50 atividades.
Protocolos: cada nível de distanciamento controlado conterá protocolos diferentes, que ainda estão recebendo sugestões. Eles envolvem as regras que terão de ser adotadas conforme a bandeira da região e o setor econômico. Exemplos: quanto ao funcionamento, se pode ficar aberto ou não; ao horário, com restrições ou não; quanto à triagem (medição de temperatura) dos colabores; quais EPIs são obrigatórios no atendimento; se deve haver afastamento de grupos de risco, algum tipo de distanciamento mínimo entre pessoas e limitação de pessoas, entre outros.
Bandeiras: são quatro estágios de controle, traduzidos nas bandeiras amarela, laranja, vermelha e preta. A amarela indica uma situação branda, com medidas mais amenas, e o grau de restrições avança até a preta, quando seria necessário o isolamento social (lockdown).
– Partimos do estágio da atenção (para todas as regiões). Por isso não há bandeira verde – disse o governador.
Para definir a cor da bandeira, foram definidos dois grandes grupos de medidores: propagação e capacidade de atendimento. Cada um deles tem peso de 50% para a definição das bandeiras. No total, serão acompanhados 11 indicadores.
A coleta dos dados será diária, mas a atualização das cores de cada região ocorrerá aos sábados, valendo para a semana seguinte.