Foi uma comemoração contida. Sem bandeira ou qualquer símbolo que remetesse ao país natal. A francesa Solveig Dufrène, 29 anos, assistiu à final da Copa do Mundo 2018 na companhia do namorado, o servidor público Vagner Pedroni, 28, os sogros, Renato, 59, e Rosi, 57, e a cunhada, Carolina, 22.
Nascida na cidade de Vernon, ao norte da França, vivendo em Caxias do Sul desde 2011 e admitindo não ser uma entusiasta do futebol (ela não torce para nenhum time francês e o único jogo da seleção francesa que assistiu inteiro durante o Mundial deste ano foi contra a Bélgica, na seminifinal), Sol estava na expectativa para saber se seus conterrâneos repetiriam o feito de 1998, quando conquistaram o título pela primeira vez com o placar de 3 a 0 sobre o Brasil.
— Eu tinha 10 anos na época, mas lembro que foi um momento de alegria geral em todo o país. E é interessante também porque o técnico (Didier Deschamps) foi um dos jogadores da seleção, naquela época — recorda ela, que há cerca de três anos abandonou a carreira como engenheira de materiais para dar aulas de francês.
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Durante o jogo, a família dividiu momentos de euforia, como o primeiro gol contra da história em uma final da Copa do Mundo, marcado por Mandzukic em favor da França, e também de decepção, após o gol da Croácia, também de Mandzukic, graças a uma falha do goleiro francês Lloris.
Entre um lance e outro, a família lembrava de Copas passadas e aproveitava, também, para comentar sobre o estilo do narrador Galvão Bueno. Quando o placar marcava 4 x 2 para a França, todos já estavam mais relaxados e com a certeza de que a taça (e o bi mundial) estavam garantidos.
Ao fim da partida, o sorriso no rosto refletia o orgulho pela conquista do título. O mesmo sentimento era compartilhado pelo sogro brasileiro:
— Também posso me considerar orgulhoso, já que meus bisavós maternos eram franceses.