Maior posse de bola, mais finalizações, mais passes, mais cruzamentos, mais escanteios. Toda essa supremacia em números do Juventude contra o líder do campeonato não saiu das pranchetas dos estatísticos e dos treinadores. Em campo, deu Fortaleza, que aproveitou melhor suas chances e fez 3 a 0, sábado, em pleno Alfredo Jaconi.
A terceira derrota em casa na Série B, pode ser explicada pela falta de pontaria. Das 15 finalizações do Ju na partida, apenas duas terminaram em defesas do goleiro Marcelo Boeck. O lado cearense, no entanto, chutou 12 vezes, seis delas foram em gol.
– Não fomos efetivos. Ganhamos corpo no segundo tempo. Criamos oportunidades como o chute do Bertotto, a bola no Queiróz, o chute do Jesus na trave, o retorno do Denner. São chances reais de gol que não conseguimos fazer – avaliou o técnico Julinho Camargo, ao tentar explicar o sétimo tropeço em casa.
O Juventude terminou o primeiro turno (ainda joga uma fora de casa) com um aproveitamento de apenas 37% no Alfredo Jaconi. Ao todo, são duas vitórias, quatro empates e três derrotas nas nove partidas disputadas sob seus domínios.
Sábado, contra o Fortaleza, o Ju teve o seu melhor desempenho no número de passes ao longo da Segunda Divisão nacional, 407 certos. Entretanto, as finalizações erradas e os 31 cruzamentos sem o destino correto custaram caro.
– Acho que temos um pedaço da equipe, que é o setor ofensivo, que ainda não conseguiu desabrochar. Temos muitos gols de volantes e zagueiros. Estamos trabalhando (para mudar) isso. Mas também faz falta não contar com todos os jogadores do ataque. O Elias jogou no sacrifício, porque entendemos que era importante a presença dele. Com certeza, o Yuri Mamute e o Caio Rangel estão fazendo falta. É o setor onde estamos tentando buscar alternativas e hoje acabamos não sendo efetivos. É algo que temos que trabalhar, principalmente para jogos em casa onde temos menos espaços – justificou o técnico alviverde.
O Juventude volta a campo na próxima sexta-feira, em Alagoas, contra o CSA, vice-líder da competição.