Na segunda edição da Bodega do Bachi, projeto em conjunto entre Jornal Pioneiro, RBS TV e Rádio Gaúcha Serra, os convidados foram o ex-jogador Adão, campeão gaúcho com Tite no Caxias de 2000, e Amanda Mazzochi, torcedora grená e prima do técnico da Seleção. Às vésperas do segundo confronto do Brasil, o otimismo por um bom resultado se mostrou muito forte.
— Vejo que será um jogo sem a ansiedade da estreia, bem diferente. Acredito que irá dar Brasil: 3 a 0 — apostou Adão.
Mais comedida, Amanda espera um jogo equilibrado, com vitória brasileira:
— Já foi a época em que os outros times recuavam por encarar o Brasil. Acredito que a Costa Rica virá muito agressiva, como mostrou na Copa passada. Acho que o placar vai ser de 2 a 1.
O futebol está na essência dos convidados. Em comum, eles têm a história com o Caxias e com o treinador. Prima de Tite, Amanda ainda recorda da noite de 14 de junho de 2000, onde os grenás venceram o Grêmio por 3 a 0 no primeiro jogo da final do Gauchão.
— Lembro como se fosse ontem, o primeiro gol do Gil Baiano e o Centenário efervescendo de uma maneira maluca. Criou-se muita expectativa em razão do primeiro jogo e, em Porto Alegre, não seria fácil. Mas sempre acreditamos, sempre com muita fé, vontade de vencer e a gente (família) acaba jogando isso para ele (Tite) — conta Amanda.
No dia 21 de junho, o 0 a 0 conquistado no Estádio Olímpico transformou a vida de todo aquele grupo. Após tantos anos, Adão consegue mensurar o feito realizado junto com Tite:
— Essa semana fazem 18 anos e tem pais que me encontram no shopping e nas ruas com seus filhos, que na época tinham dois ou quatro anos. Eles me param e dizem para os filhos: “você conhece esse cara aí? Esse é um dos que contribuiu para uma das maiores alegrias da minha vida”. Isso é muito forte.
Na Rússia, Tite tenta um feito ainda maior. O suprassumo do futebol que é a conquista do Mundial. Inspirado ou não por aquele Gauchão de 2000, o treinador conta com muito apoio de quem esteve ao seu lado naquela época.