Inconformação, transgressão e ativismo estético e político estão em pauta na exposição Um firme e Vibrante NÃO, que abre sábado, às 18h, na Galeria de Artes do Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho. Estão na coletiva trabalhos de nomes como Cildo Meireles, Regina Silveira e Antonio Dias.
- Os trabalhos são de várias procedências, na maioria, coleções particulares. Mas também há trabalhos que foram comissionados para a exposição. Caxias receberá toda a mostra que foi vista em Porto Alegre com acréscimo de trabalhos, como os cartazes do Grupo KVRH (1978-1980) e a série fotográfica de Telmo Lanes, Íntimo Exterior (1978) - explica um dos curadores da exposição, o jornalista, mestre em Artes Visuais e coordenador artístico da Galeria Ecarta, Leo Felipe, que divide a curadoria com Jorge Bucksdricker, graduado em Filosofia, mestre em Epistemologia e doutorando em Artes Visuais.
Segundo Felipe, a ideia de transgressão está muito presente na mostra, a começar pela própria coleção da qual parte a exposição que registra uma forma particular - e militante - de fazer arte no Brasil anos anos 1970.
- A arte-correio surge no Brasil como forma de driblar a censura, ativar redes internacionais de ativismo, fugir dos sistemas tradicionais de exposição, uma transgressão do sistema - diz.
Assim, além de promover um registro histórico, a mostra debate e explicita alternativas de criação que contemplam crítica, humor, sarcasmo a insubordinação. São mais de 40 artistas, alguns - como Paulo Bruscky, tem mais de um trabalho exposto, mas a regra é um trabalho por artista. A base da mostra são trabalhos em papel, mas há pintura, instalação, fotografia, objeto e vídeo.
- Nesse ponto, até mesmo a contagem de artistas/trabalhos é um pouco complexa. Por exemplo: a revista Navilouca, editada por Torquato Neto e Waly Salomão, deve ser considerada um trabalho ou vários, em virtude dos colaboradores? - problematiza o curador.
Contestação política
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