Natural de Pesaro, pequena cidade do centro da Itália, Stefano Fabbrini não se considera um fanático por futebol. Mas tudo muda quando se trata de Copa do Mundo. Na expectativa pela classificação italiana, ele acompanhou o jogo contra o Uruguai na casa do amigo João Alberto de Conto, no bairro de Lourdes, em Caxias do Sul. E viveu a angústia e ansiedade de um confronto nervoso. No final, lamentou a derrota por 1 a 0.
Morando em Caxias há dois anos e meio, Fabbrini assistiu aos dois primeiros jogos da seleção italiana na Copa e pondera que o time não tem talentos que permitam sonhar muito. Segundo ele, uma vaga nas quartas de final seria o ponto máximo que a equipe pode alcançar.
- É um time imprevisível. Na Itália, brincamos que é como uma mulher bonita, mas que pode nos trair. Por isso, levei mais fé após a derrota para a Costa Rica do que depois daquela vitória contra a Inglaterra na estreia. Jogamos de uma forma muito diferente na estreia - afirma.
Na decisão da vaga para as oitavas, Fabbrini, torcedor da Internazionale de Milão, disse que está acostumado a jogos complicados, truncados e com muita emoção. Mesmo ciente de que o goleiro italiano não vive sua melhor fase, ele exaltou Buffon após uma grande defesa na primeira etapa.
- Esse é o Buffon. Isso é experiência - exclamou o torcedor.
Na etapa final, após a expulsão de Marchisio, a pressão uruguaia aumentou. E o gol saiu na cola parada, com o zagueiro Godín. Para o empresário, um dos principais problemas da seleção italiana esteve na falta de consistência defensiva:
- A decepção foi a nossa defesa. E faltou para o time aquele espírito aguerrido. Acho que se tivéssemos outros três De Rossi (volante) na equipe, seria muito melhor.
Faltou qualidade
Italiano Stefano Fabbrini, que mora em Caxias, lamenta eliminação para o Uruguai
Torcedor acompanhou o jogo decisivo na casa do amigo João de Conto
Maurício Reolon
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