Jogadores do Caxias e técnico Picoli evitam relacionar derrota com erros de arbitragem e projetam próximo duelo

Nos últimos minutos da noite de sábado, quando concediam as entrevistas após a derrota por 1 a 0 para o Brasil-Pe, no Estádio Centenário, o goleiro Douglas, o volante Edmilson e o técnico Picoli tinham motivos de sobra para lamentar. A primeira derrota no Gauchão veio de uma forma dura, com um gol de Alex Amado aos 39 minutos da segunda etapa, após o Caxias dominar as ações em boa parte do confronto.

Além de valorizar a boa marcação feita pelo adversário, os três mostraram-se conscientes na necessidade de evolução do time. Eles preferiram não relacionar o resultado com a polêmica arbitragem de Leandro Vuaden, que não assinalou, pelo menos, dois pênaltis claros a favor da equipe grená. O volante foi o único a citar os lances.

- A equipe deles veio bem postado no primeiro tempo. Eles jogavam por uma bola e conseguiram. Só que, de quatro pênaltis, não dar pelo menos um é brincadeira - disse Edmilson.

O primeiro tempo foi extremamente truncado, sem qualquer chance de gol para uma das duas equipes. Após o intervalo, o cenário mudou, pelo menos nos primeiros minutos. O Caxias pressionou e encurralou a defesa pelotense. Após a entrada do rápido Mailson, espaços se abriram, mas o lado esquerdo ofensivo grená deixou a desejar. Enquanto isso, o Brasil conseguia frear o ímpeto de Bebeto, Wallacer e Alisson pela direita.

Picoli tentou algumas alternativas e o time conseguiu criar, mas em dois lances capitais, Lucão e Mailson foram derrubados na área. Vuaden nada assinalou. No final, no único descuido defensivo do Caxias, Alex Amado recebeu dentro da área, livrou-se do zagueiro e chutou no canto de Douglas.

- A gente sabe que uma equipe vitoriosa não inicia pronta. Por isso, vai ser importante a gente tirar lições desse jogo - comentou o goleiro grená.

Já Picoli preferiu não falar em injustiça. Segundo ele, o time está em evolução e apresentou um bom futebol, mesmo que ainda tenha algumas questões a melhorar.

- O futebol não trabalha em cima de injustiça, mas de competência. O Brasil teve imposição física na primeira etapa. O Bebeto esteve bem marcado e o Alisson conseguiu saídas boas pela direita. Não tivemos a mesma dinâmica do outro lado. Precisava um pouco mais de volume e a entrada do Mailson no segundo tempo trouxe mais problemas ao Brasil. Acho que a equipe fez um jogo bom. Não de exceção, nem para pior ou para melhor. Quando erramos, sofremos o gol - avaliou o treinador.

O Caxias volta a campo na quarta-feira, às 20h30min, para o clássico da Polenta, contra o Esportivo, em Bento Gonçalves.