Poder público e iniciativa privada deram um bom exemplo de como podem trabalhar juntos para o bem da cidade. Uniram-se, nesta quinta-feira, para recepcionar uma comitiva da Federação de Futebol da Costa Rica que veio para conhecer as instalações dos centros de treinamentos para o mundial.
Diferente de meses atrás, quando estiveram em São Paulo observando o CT do Corinthians, os dirigentes do país centro-americano sentiram-se em casa em Caxias.
Não eram apenas mais uma seleção querendo treinar em um grande centro, eram a seleção convidada por Caxias para estar ali. Questões técnicas checadas, como a qualidade do setor hoteleiro e dos estádios da dupla Ca-Ju, coube aos empresários e autoridades passar uma experiência boa aos visitantes.
- Os dois estádios estão aptos, têm excelentes gramados. Os hotéis são ótimos. Mas o que mais gostamos aqui é do carinho com que fomos recebidos. Queremos isso: tranquilidade, nos sentirmos em casa. Queremos que o povo escolha a Costa Rica como sua seleção, assim como com a Seleção Brasileira. Que os nossos turistas venham e sintam-se em casa também. E tem sido assim até agora aqui, muitos queridos - disse o secretário geral da Federação de Futebol da Costa Rica, Rafael Vargas.
Os dirigentes visitaram os hotéis Intercity e Samuara, os estádios Centenário e Alfredo Jaconi e o Instituto de Medicina do Esportes da Ucs, além do aeroporto Hugo Cantergiani.
Legado
Apesar da seleção nacional ter se classificado com antecipação nas eliminatórias da Concacaf, não é uma equipe tão renomada quanto uma Itália, nem tem a tradição de ser um povo que visite muito outros países, normalmente, é o contrário, é visitado pelo resto do mundo. Contudo, o legado que receber tal seleção poderia deixar seria a criação de negócios.
O país caribenho vive bom momento na economia. Sustenta-se do turismo, agricultura e exportação de eletrônicos, e tem grandes interesses econômicos no Brasil. Está previsto que, com a delegação costarriquenha, venham mais 130 pessoas.
A intenção é tratar de business, aproveitar o mundial para estreitar laços comerciais com a Serra gaúcha.
- O futebol tem o lado lúdico, da partida, da paixão. Mas é, hoje, um grande negócio. A vinda dessas pessoas é relacionada a negócios. Quem não ver a Copa assim, vai ficar para trás. Esse é o legado que a vinda dessa seleção pode deixar. Eles gostaram da parte técnica já. Agora, estão de olho nas vinícolas, por exemplo - explica Fábio Ruaro, vice-presidente do Instituto Sports Market, empresa que intermedia as negociações entre Caxias e Costa Rica.
Exemplo
Recepção de Caxias agrada Costa Rica e vinda de seleção para a Copa fica mais próxima
"Queremos que o povo escolha a Costa Rica como sua seleção", afirma dirigente costarriquenho
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