
Um novo decreto publicado pela prefeitura de Caxias do Sul nesta sexta-feira (20) flexibiliza o limite de público de bares, restaurantes e estabelecimentos similares na cidade. Agora, será possível receber 70% da capacidade, com teto de 350 pessoas. Nas regras anteriores, o percentual já estava fixado em 70%, mas o número limite era de 150 pessoas. O aumento do teto também segue nova determinação da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne).
Na prática, estabelecimentos maiores passam a ter autorização para aumentar a ocupação das mesas. Um restaurante cujo alvará permite até 400 pessoas, por exemplo, poderá receber agora 280 clientes (70%). Antes, eram 150. Já um local com capacidade de 600 pessoas ficará limitado ao novo teto de 350.
As novas regras não exigem que a ocupação das mesas ocorra de forma intercalada, desde que seja respeitado o distanciamento de dois metros. Além disso, todos os clientes devem permanecer sentados e pistas de dança deverão ficar fechadas. As determinações valem inclusive para casas de eventos.
Conforme o presidente do Sindicato da Gastronomia e Hotelaria da Região Uva e Vinho (Segh), Vicente Perini, a medida é um avanço e atende a um pedido do setor. A flexibilização, inclusive, já permite uma aproximação gradual ao cenário pré-pandemia.
— Principalmente no almoço e com a volta às aulas, conseguimos voltar um pouco à normalidade. Com a vacinação também se nota que as pessoas estão voltando a sair — comemora Perini.
A ideia agora, segundo ele, é tentar retomar gradualmente as pistas de dança, já que a restrição ainda prejudica casas noturnas e eventos:
— Eventos de 150 a 200 pessoas é nossa maior procura. Com um salão em que cabem 300 pessoas, dá tranquilamente para fazer um evento de 180 pessoas com todos sentados. Agora vamos tentar liberação para as pistas de dança com pessoas vacinadas e como forma de teste, tudo devagar e com calma — afirma.
Porto Alegre também terá novas flexibilizações nos protocolos da pandemia, mas a partir da próxima segunda-feira (23). O novo documento altera o que são consideradas atividades de alto risco, conforme o sistema de monitoramento do Governo do Estado, e é mais permissivo em relação à quantidade de frequentadores de eventos, feiras, restaurantes, missas e cinemas.