O faturamento da indústria moveleira do polo de Bento Gonçalves atingiu R$ 1,78 bilhão em 2018, de acordo com dados da Secretaria Estadual da Fazenda. O resultado representa incremento nominal de 1% frente ao ano anterior. O desempenho é modesto se comparado com o índice geral do segmento no Rio Grande do Sul, que faturou R$ 6,9 bilhões e cresceu 16,5% na temporada passada.
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Por conta da forte retração no mercado interno ainda sentida pelo setor moveleiro no ano passado, foram as exportações que evitaram um desempenho negativo para o polo serrano. Pelo segundo ano consecutivo, Bento Gonçalves cresceu nas exportações. Uruguai, Peru, Chile, Estados Unidos e Colômbia surgiram como os principais compradores externos das fábricas da cidade.
O presidente do Sindmóveis, Vinicius Benini, elenca como prioritário neste ano o apoio à internacionalização das empresas do polo. Para isso, a entidade pretende ampliar as capacitações na área e manter o calendário de estudos de inteligência comercial e promoções comerciais em mercados de interesse do polo moveleiro. No planejamento da Movelsul Brasil 2020, o fomento às exportações terá destaque no Projeto Comprador, que trará 100 importadores de mercados estratégicos.
Benini lembra que o polo moveleiro de Bento Gonçalves ainda é considerado o principal do país em número de peças produzidas, mas que as empresas locais foram fortemente impactadas pela crise, assim como a indústria moveleira de todo país. Ele considera que as empresas devem estar atentas aos fatores que impactam a competitividade mundial do móvel brasileiro, como design e inovação.
- Os desafios dizem respeito à sinergia entre as pontas da cadeia: da fábrica até o consumidor, passando pelo varejo e as tecnologias envolvidas nos modelos atuais de consumo - destaca.
Em relação ao número de empregos, o polo moveleiro de Bento manteve a estabilidade em 2018. As empresas do setor fecharam o ano com 6,1 mil empregados diretos, nível semelhante ao verificado em 2017.