Os empresários Jones Carvalho e Jandir Triaca (conhecido como Bicca) devem à Incubadora Empresarial de Caxias do Sul o sucesso de seu negócio. Foi lá que buscaram experiência e incentivos para montar a confeitaria Cozinha do Bicca, uma das mais conceituadas no ramo em Caxias. Eles ocuparam um módulo da área durante cinco anos, de 2013 a 2018. Começaram só os dois. Hoje, empregam quatro pessoas e instalaram a empresa em prédio próprio.
— Devemos tudo o que conseguimos à INEC. Foi lá que nos ensinaram como gerir um negócio – reconhece Bicca.
Mas isso foi numa outra época, numa outra gestão, segundo eles. Carvalho conta que uma pessoa da Secretaria de Desenvolvimento atuava diariamente, em horário comercial, no local. Atualmente, a sala da administração, na entrada do complexo, está fechada.
— As administrações anteriores incentivavam, ofereciam ajuda, estrutura, acompanhamento e conhecimento. Atualmente, não tem nada disso. Não tem mais gestão — reclama.
Carvalho conta que encaminhou várias pessoas a participarem do edital, mas elas acabam se frustrando, pois o que está determinado no edital não é cumprido e exigem muito mais.
— Eles (da secretaria de Desenvolvimento) intimidam as pessoas. Estão completamente despreparados. Uma pena acabar com um projeto tão importante para o desenvolvimento de Caxias.
A incubadora, segundo os sócios da confeitaria, já foi referência para outros municípios e Estados.
— Muitos gestores de várias regiões passaram por lá para conhecer o trabalho e levar como modelo.
"Estamos apostando que vai dar certo", diz fura empresária
A empresa China em Sul possui a única placa que sinaliza que um novo negócio vai funcionar no complexo. As demais, anunciadas no painel de entrada, não estão funcionando. A sócia proprietária do negócio, Renata Sosnoski, está otimista com a possibilidade de conseguir ajuda para empreender.
– Estamos apostando (ela e o namorado) que vai dar certo – aponta.
Ela conta que no sorteio do último edital, apenas três empresas participaram. Segundo ela, por falta de divulgação do projeto.
– Quase ninguém sabia. Ficamos sabendo por acaso e fomos os únicos a atender às exigências. Acabamos tendo sorte.
Se vai dar certo?
– Vamos saber em breve, quando estivermos lá no módulo trabalhando. Vai ser um termômetro – aponta.