Com os protestos dos caminhoneiros pelas rodovias do país, o governo anunciou nesta quarta-feira a redução do preço do litro da gasolina e do óleo diesel. Com a política de preços adotada desde o ano passado, que altera quase diariamente o preço médio nas refinarias, os preços subiram nesta terça-feira, mas terão queda já na quarta-feira _2,08% na gasolina e 1,54% no diesel. A redução será a primeira após cinco dias de altas consecutivas. Nas rodovias da Serra Gaúcha, há manifestações em pelo menos seis pontos de manifestações pacíficas (sem bloqueios) na tarde desta terça-feira.
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Desde que a Petrobras iniciou sua nova política de preços para os combustíveis, em 3 de julho de 2017, o óleo diesel subiu 56,5% nas refinarias, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). O aumento acompanhou a cotação do petróleo no mercado internacional, exatamente a intenção da estatal. Mas, para os caminhoneiros, essa alta vem tornando sua atividade inviável. Nos postos de Caxias do Sul, a gasolina acumulou altas de pelo menos 45%.
Donos de postos e Sindipetro Serra garantem que a atual política está insustentável e que os negócios estão ficando inviáveis. Assim como os consumidores, os proprietários alegam que não sabem mais para "onde correr".
Sobe e desce
A Petrobras repassa a variação da cotação do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo. Desde que alterou sua política de preços, em julho do ano passado, a estatal passou a promover reajustes quase diários dos combustíveis.
A companhia refuta que seja responsável pela alta de preços ao consumidor e diz que o valor cobrado pela empresa corresponde a cerca de um terço dos preços praticados nas bombas. Maior parte do valor cobrado pelo consumidor final engloba principalmente tributos, estaduais e municipais, além da margem de lucro para distribuidoras e revendedores.
Segundo a estatal, as revisões podem ou não refletir para o consumidor final - isso depende dos postos. Mas os donos de postos também apoiam a reivindicação dos caminhoneiros, pois dizem estar perdendo margens com os aumentos de preços.
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