
O presidente do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do RS (Sindisul), Roberto Tonietto, questionou a falta de ação da Brigada Militar para garantir a abertura do posto Petroparque, na Avenida Doutor Mário Lopes, na tarde desta terça-feira. Segundo Tonietto, os postos estão prontos para iniciar o abastecimento dos veículos.
— As autoridades estão um pouco passivas e não estão agindo de forma firme. Não tem negociação. Chega uma hora que tem que usar o poder. Hoje colocaram pneus e ameaçaram colocar fogo no posto e a Brigada ficou só olhando. Não tem a mínima segurança — disse Tonietto.
O presidente do Sindsul conta que cada rede de postos é responsável pela solicitação de combustível para o Gabinete de Crise do governo do Estado, que é responsável pela escolta das forças de segurança.
— O problema não está na escolta. Eles (manifestantes) não deixam comercializar. Tomaram conta do posto (na Zona Norte).
Na manhã desta terça, em uma reunião com representantes dos sindicatos das distribuidoras, dos postos, da Brigada Militar e da CIC, tinha sido acordado que cinco estabelecimentos comercializariam gasolina para os motoristas em geral. O prefeito Daniel Guerra (PRB) foi convidado para a reunião, mas não compareceu e não enviou representante. Porém, Tonietto reclama que a Brigada, após sair da reunião realizou outro acordo com os manifestantes, e ficou estabelecido que seria liberado somente um caminhão por vez, e todos para o posto localizado na Avenida Doutor Mário Lopes.
— A população de Caxias está sendo humilhada ao ficar horas na fila de apenas um posto de combustível, e ainda longe de Centro — ressaltou Tonietto.
Sem previsão para restabelecer a venda de gasolina, Tonietto reclama do silêncio das autoridades políticas da cidade. Segundo ele, Caxias do está "quase em estado de sítio e a prefeitura não está nem aí".
— Estou de mãos atacadas — desabafou.
Durante toda a tarde, o Pioneiro tentou novo contato com o comandante do 12º BPM, tenente-coronel Jorge Emerson Ribas, mas não conseguiu falar com ele.