A conta da luz para empresas e consumidores da Serra Gaúcha pode ficar até 19,5% mais cara a partir de junho. Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a Quarta Revisão Tarifária Periódica da RGE Sul Distribuidora de Energia em que o aumento bateu a barreira dos 25% para indústrias e 21% para os consumidores residenciais e vai atingir 1,3 milhão usuários em 118 municípios das regiões metropolitana e centro oeste do Estado.
Para os consumidores da Serra Gaúcha, o índice médio proposto é de 19,5% para vigorar a partir de junho. Uma mobilização organizada pelo Conselho de Consumidores da RGE, no entanto, pretende colocar um freio no reajuste. Na próxima quarta-feira, dia 25, sindicatos, federações, associações e câmaras de indústria, comércio e serviços e produção rural, além de representantes do poder público e consumidores residenciais se reúnem com um único objetivo: aquecer as turbinas para a Audiência Pública que discutirá a Revisão Tarifária na quinta, dia 26 para 255 municípios do Rio Grande do Sul.
A audiência é o momento para os consumidores apresentarem questionamentos e reivindicações no regramento que a Aneel estabelecerá para os próximos cinco anos na área atendida pela concessionária. Porém, diante do tempo restrito, precisa ser aproveitado de maneira adequada. Quando cogitado o índice de reajuste no final de março, vários empresários da região repudiaram a proposta, alegando o aumento de custos e possíveis demissões de trabalhadores.
— Se aprovado o reajuste, a economia de toda região vai sofrer um impacto brutal. O que está acontecendo hoje é resultado daquilo que foi discutido e aprovado em anos anteriores. Por isso é imprescindível a participação de todos os segmentos da sociedade no encontro, pois as regras da despesa com energia elétrica até 2023 estão em jogo — destaca o presidente do Conselho de Consumidores da RGE, Claiton Gaieski Pires.
Redução de juros não é repassada pela Aneel
A entidade pretende esclarecer, por exemplo, a surpreendente mudança na fórmula de cálculo dos juros que remuneram os investimentos da distribuidora, por decisão da Aneel. Ao contrário do que se imaginava, diante das sucessivas quedas na taxa Selic, o percentual não foi reduzido para 7,5%, mas, pelo contrário, mantido em 8,09%.
— Do ponto de vista da legalidade, é um movimento que precisa ser bem examinado, pois a Aneel descumpriu o próprio regulamento, ainda que decidindo de forma colegiada — observa Pires.
Segundo o dirigente, ainda existe espaço para redução do aumento, mas vai depender da participação popular qualificada na audiência.
— A energia elétrica tem peso significativo no custo de produção. Há impactos imediatos na competitividade das indústrias e por consequência, no desempenho do comércio e dos serviços. O Rio Grande do Sul se tornará ainda menos atrativo do que já é para investimentos externos —ressalta o presidente do Conselho de Consumidores da RGE.
A RGE atende a 1,4 milhão de unidades consumidoras localizadas em 255 municípios do Rio Grande do Sul, entre eles Caxias do Sul.
PROGRAME-SE
Encontro preparatório parta a revisão tarifária
Quando: quarta-feira (25)
Horário: das 14h às 15h30
Onde: sede da RGE em Caxias do Sul (Sala Transformação) - Rua Mário de Boni, 1902, Bairro Floresta
Participação: gratuita
Informações: pelo e-mail conselhodeconsumidoresrge@cpfl.com.br
Audiência pública para revisão tarifária
Quando: quinta-feira (26)
Horário: a partir das 8h30min
Onde: auditório da CIC de Caxias do Sul
Participação: gratuita
Informações: e-mail comunicacao2@cic-caxias.com.br ou pelo fone (54) 3218.8068, com Francine
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