Depois de receber as centrais sindicais para discutir o tamanho do reajuste do salário mínimo regional, o governo estadual se reúne nesta quinta-feira com representantes das entidades empresariais para debater o tema. Principal federação patronal do atacado e varejo gaúcho, a Fecomércio-RS ainda não informou qual índice de correção pretende apresentar como proposta ao Piratini.
Historicamente contrária à existência do piso regional, a entidade foi convidada a participar da primeira rodada de negociações com sindicalistas, realizada na semana passada na Secretaria do Planejamento, mas o presidente Luiz Carlos Bohn não compareceu ao encontro.
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A comissão do governo, formado pelos secretários do Planejamento, José Reovaldo Oltramari, do Trabalho, Ayres Apolinário, e de Desenvolvimento Econômico, Fábio Branco, optou, então, por ouvir as partes em separado antes de encaminhar sugestão ao governador José Ivo Sartori. O Piratini pretende encaminhar projeto do reajuste para Assembleia até início de fevereiro.
Durante reunião realizada na semana passada, o presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB/RS), Guiomar Vidor, apresentou proposta unificada dos sindicatos à comissão. O índice solicitado pelos trabalhadores é de 10,45%, dos quais 8,8 ponto percentual referente ao avanço dos preços em 2016 e mais 1,65 ponto percentual relativo à 2015. Em fevereiro do ano passado, a correção aplicada pelo governo foi de 9,6%, inferior à inflação do período, de 11,38%.
O reajuste aprovado no ano passado desagradou tanto sindicalistas, que reclamaram do percentual abaixo da inflação, quanto empresários, que criticaram o aumento salarial em meio à recessão.Atualmente, o piso regional está em R$ 1.103,66. A database das cinco faixas do mínimo regional é 1º de fevereiro.