O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul realizou uma assembleia na manhã desta sexta-feira para protestar contra a falta de pagamento do 13º salário e das verbas rescisórias de 16 trabalhadores da empresa Silpa, demitidos no dia 25 de novembro. A entidade diz ainda que os trabalhadores não tiveram o fundo de garantia depositado e, como a rescisão não foi concluída, as pessoas não conseguem solicitar o seguro-desemprego.
Segundo o sindicato, a assembleia foi interrompida pelo choro compulsivo de um dos trabalhadores demitidos que conta que não tem comida para colocar na mesa e alimentar os filhos. Outro trabalhador, Aldori Pedro da Silva, com 23 anos de empresa, disse que não esperava passar por isso depois de todo esse tempo de trabalho na empresa:
- Não recebi nada, nem o 13º (salário). Nos chutaram e disseram: procurem os direitos de vocês. Isso não é justo - lamentou.
No final da manhã desta sexta-feira, o sindicato e a direção da empresa tentaram resolver o impasse. A proposta da entidade é que as rescisões sejam pagas ou os trabalhadores readmitidos. Diante disso, a diretoria da empresa pediu tempo até segunda-feira para dar uma resposta. O sindicato voltará à empresa para conversar com todos os funcionários na próxima semana.
O Pioneiro conversou com a direção da empresa, que preferiu não se manifestar sobre o assunto.
Crise
Trabalhadores demitidos da Silpa, em Caxias, protestam contra falta de pagamentos de rescisões
Empresa demitiu 16 funcionários no dia 25 de novembro
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