Alta da gasolina já chegou nas bombas de Caxias

Perceber alguma mudança no valor da gasolina após anúncios de diminuição no combustível não é tarefa fácil. O contrário, porém, não acontece. Na noite de segunda-feira, a Petrobras anunciou a elevação do preço da gasolina em 8,1% e, do diesel, em 9,5%. Nesta terça-feira, nem 24 horas após o comunicado da estatal, alguns postos de Caxias já estavam com preços maiores.

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Em pesquisa realizada pelo Pioneiro no final da manhã, dois estabelecimentos ofereciam gasolina a um preço maior do que o registrado no último mês. Até o final do dia, novos reajustes estavam previstos em outros postos. Conforme a Agência Nacional do Petróleo (ANP), que faz levantamentos semanais do valor da gasolina, a média da gasolina em Caxias está em R$ 3,898. Com o aumento, portanto, é possível que o valor suba até na casa dos R$ 0,30, chegando a R$ 4,20. Nesta terça-feira, um dos postos pesquisados vendia gasolina por R$ 4,099, representando um aumento de R$ 0,16 na comparação com a última pesquisa.

– Esse aumento chega em um momento ruim, em que o consumo já vem baixando em função da crise. E é um reajuste elevado, não tem como as revendas absorverem – avalia Luiz Henrique Martiningui, presidente do Sindipetro Serra (entidade que representa os postos).

No dia 14 de outubro, a Petrobras anunciou uma baixa nos combustíveis, com previsões de queda de 3,2% para a gasolina e 2,7% para o diesel. No início do mês passado, nova projeção de "alívio". Dessa vez, a estatal projetava baixas de 3,1% para a gasolina e 10,4% para o diesel.

Pesquisas do Pioneiro nos dois momentos apontaram que, na maioria dos postos, essa queda não foi observada pelos consumidores. Segundo Martiningui, as baixas também não foram sentidas nas revendas:

– As quedas não se concretizaram. O valor não ficou menor para o consumidor, assim como não ficou para o posto. Gostaríamos que o preço se mantivesse num patamar baixo, mas isso não vem ocorrendo – argumenta.

A alta no álcool, que ocorre devido à entressafra da cana-de-açúcar, é o principal motivo apontado pelas distribuidoras para não ter diminuído o combustível nos últimos meses, mesmo com anúncios da Petrobras. O etanol compõe cerca de 27% da gasolina.

Confira os preços abaixo: