A quebra na safra de pinhão nos municípios que integram a região dos Campos de Cima da Serra fez com que o preço disparasse. Nas gôndolas dos supermercados e fruteiras, o valor do quilo passa dos R$ 10.
Em São Francisco de Paula, a queda na safra chegou a 60% em relação a do ano passado, em que a colheita foi muito boa, informa o engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura do Município, Maurício Santini.
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– Em um ano normal, o município colhe cerca de 400 toneladas da semente. Este ano, não chegaremos a 200 toneladas – explica Santini.
Em Jaquirana, que no ano passado produziu cerca de 500 toneladas, a safra de 2016 não vai passar de 250 toneladas – quebra de 50%. No município, os produtores são disputados pelos compradores que chegam diariamente.
– Chegam a pagar R$ 5 o quilo direto para o produtor – ressalta o secretário de Agricultura, Dalci de Oliveira Souza.
Os atacadistas da Ceasa Serra, em Caxias do Sul, vendem a semente aos lojistas entre R$ 7 e R$ 8. Para o gerente da Ceasa Serra, Antonio Garbin, em muitos mercados o consumidor final pode pagar até R$ 15.
– O pinhão está escasso e não há perspectivas de termos mais oferta - ressalta Garbin.
A causa, segundo a técnica agrícola da Emater de Cambará do Sul, Camila Trindade, foi o clima. O excesso de chuva e a falta de frio prejudicaram a produção, segundo ela. Além disso, informa, a colheita, prevista para começar dia 15 de abril, foi antecipada por muitos produtores. Isso fez com que a qualidade da semente caísse.
– Muito pinhão acabou apodrecendo – destaca Camila.
Com a quebra, a "época do pinhão" também será mais curta. Portanto, quem gosta de pinhão aproveite para consumir o quanto antes.
