A Comissão Interestadual da Uva estima em 50 milhões de quilos a perda na lavoura de uva em Flores da Cunha. Essa quantidade é mais da metade da safra do município, o maior produtor do país. Conforme o presidente da Comissão, Olir Schiavenin, além da geada e do granizo, os agricultores têm dificuldades com a umidade excessiva, que os impede de pulverizarem os parreirais, deixando assim as uvas mais vulneráveis aos fungos.
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Segundo o secretário de agricultura de Flores da Cunha, Jones Pirolli, ainda é cedo para lançar uma estimativa exata de perdas porque o levantamento da Emater está em andamento. As seguradoras também não concluíram ainda os seus levantamentos.
O Rio Grande do Sul produz pouco mais de 700 milhões de quilos de uva e Schiavenin estima que, assim como em Flores da Cunha, a situação geral no estado seja de perdas da ordem de 50% ao menos, ou seja, 350 milhões de quilos. Isso, contudo, não vai afetar muito o preço de vinhos, sucos e espumantes, segundo o presidente, porque na composição do preço das bebidas a uva corresponde a uma parcela entre 10% e 15%.