A audiência de conciliação do dissídio dos metalúrgicos de Caxias do Sul realizada nesta quinta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho, em Porto Alegre, terminou com avanços. Pela nova proposta oferecida pelo sindicato patronal, os trabalhadores receberão 5% de reajuste salarial agora (com data-base de 1º de junho) e o restante da inflação do período a partir de novembro (ou seja, 3,76%, fechando assim 8,76%). A proposta inicial dos empresários, recusada pelos trabalhadores, era de 2% até dezembro e o restante do índice inflacionário a partir de 2016.
Além disso, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) ofereceu uma cláusula que amplia o tempo permitido de flexibilização para três períodos de 90 dias (atualmente são dois de 90 dias). Esse item conta ainda com garantia plena de emprego no primeiro período adotado, reivindicação solicitada pela entidade dos trabalhadores. Já nas outras duas temporadas, o acordo permite "turn over", ou seja, rotatividade, de até 1,5% do quadro mensal.
- A flexibilização é importante para o empresário, que não precisa demitir um funcionário capacitado, e para o trabalhador, que garante o emprego nesse primeiro período. É uma cláusula com importância social - acredita Odacir Conte, diretor-executivo do Simecs.
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Outra cláusula no acordo foi a obrigatoriedade da licença-maternidade de 180 dias para todas as empresas com lucro real.
Neste sábado, às 9h30min, a entidade dos trabalhadores deverá submeter a proposta em uma assembleia geral.
- Caberá aos metalúrgicos decidirem. Na nossa avaliação, avançamos na negociação. Uma conquista importante foi a garantia nos empregos na flexibilização - avalia o presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Assis Melo.
O sindicalista lembrou ainda que, como a reposição da inflação integral virá ainda neste ano, o acordo assegura que não haverá perdas nos pagamentos das férias e do 13º salário.
Perto da aprovação
Audiência de acordo encaminha dissídio dos metalúrgicos de Caxias
Neste sábado, trabalhadores determinarão se aceitam proposta em assembleia
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