
A fundição do Grupo Voges, de Caxias, operou normalmente nesta terça-feira. Na noite da última segunda-feira, o Tribunal Regional do Trabalho chegou a aceitar o pedido feito pelo escritório regional do Ministério do Trabalho e Emprego que solicitava a interdição da empresa e sugeria que a 6ª Vara do Trabalho, especializada em acidentes de trabalho, julgasse esse caso.
Antes de receber a notificação de interdição, porém, a juíza da 6º Vara, Fernanda Marca, optou por manter o parecer da 4ª Vara, que até então estava com o caso. A decisão dizia que a empresa tinha 40 dias para se adequar às condições de trabalho adequadas e, enquanto isso, poderia trabalhar normalmente.
- A fundição não ficou nem um minuto interditada, pois a juíza ratificou a decisão anterior. O que aconteceu foi uma mudança de juizado. A Voges segue concluindo as adequações para entregar todas as solicitações dentro do prazo - explica a advogada do Grupo Voges, Aline Ribeiro Babetzki.
O gerente regional do MTE, Vanius Corte, avisa que o órgão deve recorrer novamente na Justiça. No início de maio, o órgão interditou parcialmente a empresa.
- Vamos seguir solicitando a interdição porque há risco de acidente grave e iminente dentro da empresa - adiantou.
Por meio de uma liminar, a Voges voltou a funcionar no último dia 21, quinta-feira. A interdição do MTE afetou diretamente 280 funcionários.