Depois da Justiça de Trabalho suspender a flexibilização da jornada de trabalho dos funcionários da Randon, a maior empregadora de Caxias do Sul tem cinco dias para contestar a ação e justificar quais as dificuldades financeiras enfrentadas que levaram a adoção da medida. Se descumprir a determinação judicial, a empresa deve arcar com multa de R$ 200 para cada empregado afetado pela redução da carga horária. Cerca de oito mil funcionários do grupo estão contemplados na medida - a flexibilização só não abrangeu a Fras-le e a Randon Veículos. O custo chegaria, portanto, aos R$ 1,6 milhão.
Mural: O que você acha da ação movida pelo Sindicato dos Metalúrgicos contra a flexibilização da jornada aprovada pelos funcionários da Randon?
O Sindicato dos Metalúrgicos contesta a aplicação da cláusula 35ª da Convenção Coletiva - Flexibilização da Jornada de Trabalho, que prevê que as empresas poderão, em situação de dificuldades, flexibilizar a jornada de trabalho de seus empregados.
A entidade entende que a postura da empresa não está amparada em nenhuma cláusula do acordo coletivo da categoria. Em nota distribuída à imprensa, o sindicato alega que "a Randon usa a flexibilização como argumento para fazer crer que existe uma crise, mas na verdade só quer aumentar os lucros".
Conforme a assessoria de imprensa da empresa, nenhum funcionário compareceu ao trabalho nesta sexta-feira, seguindo orientação definida em votação dos próprios funcionários. A diretoria da Randon irá se manifestar à tarde sobre o caso.
Impasse
Randon, de Caxias do Sul, tem cinco dias para justificar na Justiça a flexibilização da jornada de trabalho
Sindicato dos Metalúrgicos contesta crise enfrentada pela indústria
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