Enquanto alguns lojistas e donos de restaurantes resistem ainda em aceitar cartão de crédito - alegando custos com taxas -, já tem ambulante correndo na frente, e lucrando.
É o caso do vendedor Antônio Souza, instalado durante a Copa no entroncamento da Casa de Pedra, no bairro Santa Catarina, que vende artigos alusivos à Seleção Brasileira como camisetas, bandeiras e chapéus. E ostenta uma placa: aceita-se cartão.
- Para crescer, tem que ter ideias novas - ensina o ambulante.
O público aderiu: de cada 10 vendas, de três a quatro são pagas com cartão de crédito, a partir de um aparelho portátil. Negócio que provavelmente não fecharia se não oferecesse a opção de pagamento.
Nos dias de jogos do Brasil, ele chega a vender 45 camisetas, a maioria infantil. Está torcendo como todo o brasileiro para que a Seleção ganhe da Alemanha nesta terça-feira e chegue à final. Caso contrário, não há maquininha de cartão de crédito que devolverá o ânimo ao torcedor.
- O brasileiro não se importa de gastar com esporte, ainda mais quando o seu time vai bem. Agora, se o Brasil cair fora, acabou. Nem adianta voltar a expor os produtos -define.
É claro que os vendedores ambulantes provocam concorrência desleal ao comércio tradicional, que paga aluguel, impostos e geram emprego. Mas a estratégia mostra que agir com criatividade e pensar na necessidade do cliente são receitas de sucesso em qualquer setor, ainda mais em tempos de crise.
