O dissídio dos metalúrgicos, mais importante categoria profissional da Serra, tem nova rodada de negociação às 9h30min desta segunda-feira, quando representantes de patrões e empregados se reúnem nas dependências da Ftec, em Caxias do Sul.
No terceiro encontro para discutir os percentuais de reajuste salarial, é possível que tanto sindicato dos trabalhadores quando Simecs cedam e apresentem novos índices. Por enquanto, a reivindicação dos metalúrgicos é de aumento de 13,5%. Os empresários alegam que o índice é inviável nesse contexto de crise e que ameaça a manutenção dos empregos - o setor emprega 70 mil pessoas na região. Por isso, a entidade patronal ofereceu na última segunda-feira sua contraproposta: aumento de 6,08%, índice que repõe a inflação pelo INPC nos últimos 12 meses, sem nenhum ganho real.
Os trabalhadores consideram inaceitável a ausência de valorização nos salários, além da falta de avanços nas cláusulas sociais, como auxílio-creche para crianças de até cinco anos e equiparação salarial entre homens e mulheres.
O certo é que ambos têm de rever os percentuais para começar a se pensar em um consenso.
A data-base da convenção coletiva é 1º de junho e atende os municípios de Caxias do Sul, Farroupilha, Garibaldi, Flores da Cunha, São Marcos, Nova Pádua e Nova Roma do Sul.
Para lembrar: no dissídio do ano passado, o primeiro índice reivindicado pelos funcionários foi de 14%, enquanto a contrapartida do Simecs era de 6,95%. As negociações se arrastaram por semanas e o reajuste salarial foi fechado em 9,5% no final de julho.
Campanha salarial
Metalúrgicos se reúnem nesta segunda-feira em Caxias do Sul para discutir dissídio
Terceira rodada de negociações coloca frente a frente representantes de patrões e empregados
GZH faz parte do The Trust Project