Com as reivindicações dos trabalhadores em mãos, entregue por representantes do sindicato dos trabalhadores nesta segunda-feira, a diretoria do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) deve agora elaborar uma contraposta para ser apresentada na primeira rodada de negociações agendada para o dia 9 de junho. Outras duas também já estão previstas no calendário: dias 16 e 23 de junho.
- Antes da primeira reunião, possivelmente no dia 27 deste mês, devemos reunir nossos associados e elaborar uma contraproposta. Antes disso também vamos pesquisar quais cláusulas são constitucionais, porque nem adianta querermos discutir alguma reivindicação que vai contra a lei - alega Getulio Fonseca, presidente do Simecs.
Apesar de nada ainda estar formalizado, o executivo já adianta que o índice de reajuste proposto pelo sindicato dos trabalhadores é inviável e que a contraproposta "deve ser menos de 50% do solicitado". Fonseca também antecipa que o aumento sugerido pela classe patronal deve circular entre o acumulado de 12 meses do indicador INPC, ou seja, entre 5,5% e 6%.
- Temos cerca de 2,8 mil empresas no setor e menos de 100 delas podem ser consideradas grandes. Essas poucas até podem repassar reajustes maiores e normalmente o fazem, mas as menores, que fornecem para as maiores, só conseguem fazer isso se aumentarem o valor dos produtos. E assim gera outro problema, porque as grandes não estão comprando itens reajustados - justifica Fonseca.
