Para deixar de pagar aluguel e adquirir a casa própria é preciso planejamento. O primeiro passo é identificar que tipo de imóvel cabe no bolso. Em simulações na Caixa Econômica Federal ou nas imobiliárias, o interessado poderá saber em que condições será beneficiado por um financiamento, qual o tamanho das prestações e o valor da entrada que terá de dar.
Uma oportunidade de se conhecer os imóveis disponíveis em Caxias do Sul é neste final de semana, quando ocorre o Feirão Caixa da Casa Própria, no Centro de Eventos dos Pavilhões da Festa da Uva (confira a programação abaixo).
No Feirão, serão oferecidos mais de dois mil imóveis com valores entre R$ 90 mil a R$ 2 milhões, comercializados por 40 expositores, entre construtoras, imobiliárias e escritórios de engenharia e arquitetura. Predominam novos e na planta.
O casal Bruna Leal, 25 anos, e Rafael Rodrigues, 28, se planejou e há quatro meses mora em um apartamento próprio, financiado por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, no bairro Nossa Senhora do Rosário. Bruna e Rafael começaram a pensar a ter um imóvel próprio na metade de 2013. A ideia era sair do aluguel. E também poder criar Luiza, dois meses, num imóvel próprio. Com o dinheiro do Fundo de Garantia e das economias, eles pagaram a entrada de R$ 7,5 mil do imóvel que custa R$ 100 mil.
- Desde que chegamos em Caxias pagávamos de aluguel. Queríamos parar de colocar muito dinheiro em uma coisa que não ia nos dar retorno - conta Bruna. Apesar de os dois serem de Santana do Livramento, foi em Caxias que se conheceram, há cinco anos. O casal não descartava comprar na planta, mas teve sorte: o apartamento que os agradou a recém havia sido aprontado. Entre a escolha do imóvel e a mudança de endereço, passaram-se apenas 30 dias.
Como Bruna é arquiteta, todo o cuidado foi tomado na hora da definição sobre qual imóvel comprar. Eles não analisaram apenas o valor, mas também a posição.
- Eu tinha dois critérios: um valor bom e uma planta boa. E se eu conseguisse uma planta para o norte, melhor. Mas não tinha mais. Peguei então leste, que é uma posição solar boa. Onde a gente morava antes não pegava sol. A gente sofria no inverno. E não tem como deixar a nenê num lugar com mofo - diz.
Na procura pelo imóvel, a arquiteta avaliava ainda acabamentos e até como as construtoras trabalhavam. Obras sujas, desorganizadas, com caminhão atrapalhando o trânsito e operários sem equipamentos de segurança eram descartadas. A planta foi cuidadosamente analisada.
- Corredor pode ser uma área morta, que não se aproveita em nada. Por isso escolhi um corredor pequeno. E eu gosto que a cozinha tenha comunicação com a sala. Se eu estou fazendo comida e tem gente aqui, consigo ter uma comunicação com as pessoas - explica.
O casal financiou o apartamento de 50 metros quadrados _ dois quartos, sala (com sala de jantar), banheiro e cozinha _ em 300 meses. As prestações por enquanto são de R$ 720.
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Habitação
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