O forte calor do verão passado ainda impacta no bolso dos consumidores caxienses. Em razão dos danos que as temperaturas elevadas provocaram na produção agrícola, os preços de hortifrutigranjeiros dispararam. Os valores já estão recuando, porém permanecem em alta em relação ao início do ano.
Produtos como a alface, o tomate, a couve-flor, o pepino e o repolho roxo tiveram variações superiores a 100%, sobretudo em março. A maior entre elas foi a do pepino, de 276%, registrada na última semana de fevereiro.
Conforme o coordenador de mercado da Adcointer Ceasa Serra, Gilnei Bogio, a maioria dos produtos nunca havia chegado antes a patamares tão elevados, principalmente itens produzidos na região.
A comerciante Dirlei Vivas Veronese, 54 anos, também nunca tinha observado cotações tão valorizadas assim.
- O calor que fez nesse verão prejudicou bastante. Foi fora do comum. Estava difícil da gente conseguir alface e rúcula. O brócolis é um produto que até agora está meio difícil de achar e de ter ele bonito. Eu nunca tinha visto os preços assim, foi a primeira vez. Às vezes para vender ficamos meio sem graça, porque o pessoal pode pensar que é a gente que está aumentando - relata Dirlei. Ela e o marido, Sílvio Veronese, 54, mantêm há 21 anos a Fruteira Tradição.
Entre os consumidores, há aqueles que substituem os produtos que estão caros por outros. No entanto, diante da dificuldade de eleger os mais em conta por causa da alta geral, grande parte prefere levar o itens preferidos para casa, mesmo que em menor quantidade. A vendedora Mira Gomes, 45, percebeu o crescimento dos valores. Mas prefere não pensar nisso na hora em que está pesando os gêneros na balança.
- Senti o aumento no tomate, na alface, na batata. Tudo aumentou. Esqueço o preço na hora, se ficar com o preço na cabeça a gente não compra - diz.
Alta
Preços dos hortifrutigranjeiros dispararam em Caxias do Sul
Mesmo com queda nesta semana, produtos como alface, tomate e pepino continuam caros
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