Os funcionários da Marcopolo aceitaram a proposta de flexibilização da jornada de trabalho. A votação ocorreu na última terça-feira, durante todo o dia, e a contagem dos votos foi realizada no final da manhã desta quarta-feira.
Ao todo, 5.086 funcionários votaram. Conforme informações do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, 3.633 pessoas aceitaram a proposta, enquanto 1.420 rejeitaram. A votação contou ainda com 11 votos nulos e 22 brancos.
Para ser acatada, era necessário que 62% dos votantes aceitassem a proposta. Como o percentual de aprovação ficou em 71,42%, a flexibilização, que envolve os meses de novembro a dezembro, será adotada.
Pela proposta, os trabalhadores serão liberados uma vez por semana (o período engloba, portanto, no máximo 12 dias), mas não terão o dia descontado. Quando a produção voltar a crescer, as horas não-trabalhadas serão compensadas.
A flexibilização da jornada é uma estratégia da Marcopolo para minimizar os impactos da escassez de pedidos até o final do ano. A diminuição da produção está ocorrendo em função das incertezas trazidas pela renovação das concessões rodoviárias anunciada pelo governo e também pelas quedas na tarifa do transporte coletivo, o que inibiu novos investimentos das operadoras.
Além de boa parte da unidade de Ana Rech da Marcopolo, uma parcela pequena dos funcionários do setor de produção da Planalto também votou.
