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Comprar eletrodomésticos e móveis para o Natal está mais caro. Até 31 de dezembro, os descontos do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para itens de linha branca, mobília e painéis de madeira diminuem. Com isso, geladeiras, fogões e outros produtos tendem a subir de preço.
Em 2011, o baixo crescimento da economia levou o Ministério da Fazenda a cortar o tributo da linha branca de eletrodomésticos. A redução do imposto pretendia estimular o consumo e a economia. O governo recompôs as alíquotas do tributo a partir de 1º de outubro por entender que os segmentos já foram beneficiados.
Com a medida, as geladeiras tiveram o IPI elevado de 8,5% para 10%; os fogões, de 3% para 4% e os tanquinhos, de 4,5% para 5%. Não houve alteração na taxa de 10% da máquina de lavar. Já o tributo de móveis e painéis aumentou de 3% para 3,5%.
No caso dos fogões, o imposto passou a ser cobrado na íntegra. Nos demais produtos, as taxas reajustadas do IPI não voltaram ainda as valores originais.
Em Caxias do Sul, a mudança de valores não é visível por enquanto para o consumidor. A justificativa: ou varejo ainda tem estoque de produtos adquiridos com o desconto antigo (e não repassou o aumento de agora para o cliente) ou as promoções de cada estabelecimento ofuscam a alta. Em todos os casos, a regra é sempre pesquisar os valores mais baixos.
Diretor-secretário da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ivonei Pioner não crê que os novos percentuais afetem as vendas para o fim do ano.
- Num primeiro momento, até o consumidor perceber a realidade nos pontos de vendas dos produtos, não causa impacto. Quando ele sentir a mudança, tendência é frear as compras. Pode ser que momentaneamente haja uma pequena diminuição nas vendas. Porém, projetamos um final de ano bem positivo em função de não vivermos um momento recessivo e porque esse último trimestre é o que as pessoas tiveram os dissídios do ano. Não há razão para imaginarmos que, nesse momento em que existirá mais dinheiro no mercado, ocorra algum tipo de retração.