Apesar dos esforços do setor vitivinícola para popularizar o consumo dos vinhos e dos espumantes nacionais, o setor apresentou crescimento tímido de 2,54% nas vendas do primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2012. Este índice resultou na comercialização de 107,9 milhões de litros, contra 105,2 milhões do ano passado. O aumento foi impulsionado principalmente pela leve alta de 3,21% do vinho de mesa, responsável pela maior parte da produção nacional.
Os resultados das vendas que mais preocuparam o setor foram as relacionadas aos vinhos finos e espumantes. Os primeiros tiveram queda de 3,10%, enquanto os segundos baixaram o desempenho em 1,97%. Os índices são frustrantes principalmente pelo incentivo que os produtores têm recebido para mudar a vocação do setor nacional para itens mais refinados, como justamente os vinhos finos e espumantes, que tiveram índices negativos neste ano.
A queda nos itens, segundo o presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Alceu Dalle Molle, reflete o esfriamento da economia no setor. A Lei Seca, que retraiu o consumo de bebidas alcoólicas em restaurantes nacionais, também possivelmente impactou nos resultados:
- Se levarmos em conta a conjuntura econômica, não tivemos um desempenho ruim. A venda de cerveja também retraiu e a queda dos importados foi ainda maior. Mas, o ano passado já não foi favorável, e tínhamos uma perspectiva de vendas melhores - destaca o dirigente.
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