Colegas de trabalho de Ana Paula Espíndula Leite, 23 anos, morta na manhã desta terça-feira em um elevador de serviço ainda tentam entender como ocorreu a tragédia. A mulher foi prensada enquanto tentava entrar na padaria Rio Branco, onde trabalhava. A Polícia Civil investiga se ela apertou o botão errado.
Pouco após a morte de Ana Paula, técnicos periciaram o prédio. Foto: Guilherme Pulita, Rádio Gaúcha Serra
Conforme a supervisora da rede de panificadoras, Daniela Mantovani, a funcionária não costumava entrar no estabelecimento pelo equipamento, quando não tinha a chave. Em situações semelhantes, Ana Paula solicitou auxílio:
- Estamos assustados. No mês passado ela também havia esquecido a chave e me ligou para abrir. Eu disse que sempre que precisasse era para ligar, mas acho que ela não quis incomodar. Jamais imaginamos que faria isso. O porteiro do prédio também me disse que nunca viu ela entrar pelo elevador.
Ana Paula trabalhava na padaria há cerca de um ano. Era a segunda passagem dela pela rede. Na primeira vez, foi funcionária por cerca de dois anos.
- Todo mundo gostava muito dela. Era preocupada e prestativa. Ontem estava muito feliz porque havia atingido a meta do dia das mães - acrescenta Daniela.
No momento do acidente, o elevador estava no piso inferior, onde ficam os fornos utilizados no preparo dos lanches. Quando Ana Paula tentou entrar, o equipamento subiu. A máquina é usada na descarga dos produtos e, segundo Daniela, é quase sempre acionada por dentro da padaria.
A panificadora vai arcar com o funeral da funcionária e disse prestar todo o apoio necessário à família. Não haverá atendimento nesta terça-feira e a direção estuda se ainda haverá expediente nesta semana.