Nas próximas semanas, o reajuste do salário dos comerciários deve ser definido. Duas reuniões já ocorreram entre sindicatos patronais e de trabalhadores. De início, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Caxias do Sul (SindiComerciários) havia pedido aumento de 10%. Mas o Sindicato do Comércio Varejista de Caxias do Sul(Sindilojas) ofereceu 4%, abaixo da inflação no período, 4,9%. No segundo encontro, ambos os lados cederam. O patronal disse que poderia ofertar 5,5%. Já o dos trabalhadores apontou que aceitaria 8,5%. A expectativa é que, em mais um ou dois encontros, as entidades acordem um índice. A próxima reunião deve ocorrer na semana que vem, mas ainda não tem data marcada. Na base do sindicato trabalhista, o setor tem cerca de 20 mil funcionários.
O piso dos comerciários em Caxias do Sul hoje é de R$ 735. Já para aqueles que trabalham em supermercados é de R$ 715. O SindiComerciários pede que os valores passem a R$ 850 e R$ 830, no novo dissídio. O piso regional é de R$ 732,36.
- O comerciário recebe um dos pisos mais baixos. E imagine: numa cidadezinha do interior se ganha tanto quanto em Caxias. Por isso, o comércio tem muita rotatividade hoje. O pessoal entra, como primeiro emprego, mas depois vai para a indústria, que paga melhor. O comércio é só uma passagem. Ele entra, fica um pouco e sai - aponta o presidente do SindiComerciários, Silvio Luiz Frasson.
Conforme o presidente do Sindilojas, Ivanir Gasparin, o reajuste a ser oferecido passará por aprovação dos associados da entidade. Mas, sobre cláusulas sociais e aumento do piso, não deve haver avanços.
- Infelizmente, parece que vai ser difícil. Nossos associados estão reticentes - adianta Gasparin.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Caxias do Sul (Sindigêneros), Jorge Salvador, diz que nada está definido.
- Sempre tivemos um bom relacionamento com o sindicato dos trabalhadores. Vamos ter um entendimento logo ali na frente - aponta Salvador.
Trabalho
Comerciários de Caxias do Sul querem aumentar piso de R$ 735 para R$ 850
Negociação do dissídio deve ser resolvida nas próximas semanas
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