Enquanto alguns expositores da Festa da Uva comemoram o volume de vendas, outros reclamam que o alto valor cobrado pelos espaços não será compensado pela comercialização de produtos.
A gerente de uma malharia de Giruá, na região noroeste do Estado, Maris dos Santos, compara o custo benefício do investimento em um estande na Festa da Uva a outras cidades do Rio Grande do Sul:
- O valor que se paga aqui é um absurdo para vender um troco, fora da realidade. Para expor na Fearg, em Rio Grande, se paga R$ 2,5 mil por 20 dias e se vende o dobro do que se vende aqui - afirma ela.
Segundo Edson de Carvalho, proprietário de uma confecção em Brusque (SC), para compensar o investimento no estande de 16 metros quadrados ao preço de R$ 5,7 mil pelos 18 dias de feira, é preciso vender cinco vezes esse valor.
- A Feisma, em Santa Maria, dá de dez a zero nessa daqui. Vim preparado para uma coisa mas o que encontrei foi outra. O público ignora o nosso estande - lamenta.
Entre os expositores que participam há mais tempo, há os que garantem que a feira é compensadora. Com os dois estandes cheios, Michele Daniel, filha da proprietária de uma malharia no bairro Cruzeiro, em Caxias do Sul, diz que a Festa da Uva é sempre sinônimo de boas vendas. O preço fixo de R$ 19,90 em todas as peças é um chamariz. Michele conta que outra estratégia é escolher sempre um estande do lado direito do corredor e bem perto da entrada, o que, segundo ela, facilita a visualização.
Para o diretor de ambientação, feiras e exposição da Festa da Uva, Rodrigo Postiglione, não é possível comparar a Festa da Uva, pelo volume de público e atrações, com feiras de menor porte.
- Para ser bem sincero acho que é barato. É uma feira institucional, uma das maiores do país. Quem não tem R$ 350 para o metro quadrado que reavalie - argumenta Rodrigo Postiglione.
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