Na terceira tentativa de colocar em votação o reajuste do salário mínimo regional, a Assembleia Legislativa adiou novamente a análise do projeto encaminhado pelo Executivo. A postergação deve-se à falta de acordo sobre o novo índice entre empresários e trabalhadores. Em reunião de líderes na manhã de hoje, ficou acordado que a matéria será votada impreterivelmente na próxima quarta-feira, dia 16.
Conforme o presidente do Legislativo, deputado Giovani Cherini (PDT), um novo percentual discutido, de 7,7%, tem boa aceitação entre os líderes. O índice é o mesmo concedido pelo Congresso aos aposentados que recebem acima de um salário mínimo.
- Queremos chegar a um acordo mínimo, já que as reivindicações das classes são muito distantes - considerou o parlamentar.
A proposta original do governo do Estado é de reajuste de 6,9%, retroativo a 1º de maio. As centrais sindicais aceitam negociar até 9,68%, o mesmo índice dado ao salário mínimo nacional.
Hoje à tarde, a posição decidiu apresentar uma emenda no valor reivindicado pelos trabalhadores. A proposta recebeu 12 assinaturas de parlamentares do PT, PCdoB e PSB. A ideia é buscar apoio de outras bancadas durante a semana para levar a emenda à votação na próxima semana com chances de ser aprovada.
Já as entidades patronais defendem o fim do piso regional. As quatro faixas salariais em vigor hoje variam de R$ 511,29 a R$ 556,06 - atingindo cerca de 1,2 milhão de trabalhadores gaúchos.